Às 18h00, o ministro das Finanças vai apresentar o Orçamento de Estado para 2013, o documento que engloba o anunciado “enorme aumento de impostos”. Uma hora antes, Vítor Gaspar entregará o Orçamento na Assembleia da República, na companhia de outro ministro, Miguel Relvas.

Sempre que Vítor Gaspar fala, Portugal sofre. Poucos dias após ter anunciado o “enorme aumento de impostos” que estava a ser preparado em sede de Orçamento de Estado (OE) para 2013, o ministro das Finanças vai entregar o documento final à Assembleia da República, na companhia do ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Uma hora depois, às 18h00, Vítor Gaspar revelará as principais orientações do OE.

A marcação de uma conferência de imprensa para apresentação do OE foi tratada após o final do quarto e último Conselho de Ministros extraordinário, convocado precisamente para acertar a versão final da proposta do Governo, isto no último dia do prazo legal para a entrega do OE. A reunião terminou por volta das 11h15, fazendo aumentar a expetativa sobre como será realizado o “enorme aumento de impostos” anunciado, há dias, por Vítor Gaspar.

Confirmado o recuo nas mexidas da Taxa Social Única, aguarda-se pela confirmação da sobretaxa (em vez dos quatro por cento anunciados pelo ministro das Finanças deve ficar pelos 3,5 por cento) e as mudanças nas deduções fiscais para os novos cinco escalões de IRS, por exemplo.

A manutenção da cláusula de salvaguarda do IMI, os aumentos em impostos sobre o tabaco e os automóveis e os cortes nas pensões são outras medidas sobre as quais recaem muitas expetativas. A única certeza é que o OE proposto pelo Governo vai ser austero. O que falta conhecer é como vai ser aplicada a nova dose de austeridade, o que será revelado pelo ministro Vítor Gaspar, às 18h00.