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Al-Jazeera não mostra vídeo de Merah por “não acrescentar informação”

aljazeeraDepois de receber o vídeo dos dois ataques de Mohammed Merah, a Al-Jazeera, com sede no Qatar, decidiu não exibir as imagens, que desrespeitam o código de ética do canal televisivo e não “acrescentam informação” ao que se conhece dos atentados de Toulouse, que mataram sete pessoas. A polícia investiga um terceiro homem, que alegadamente cooperava com Merah.

O vídeo que exibe o ataque às sete vítimas foi entregue à Al-Jazeera, que reuniu nesta terça-feira para decidir se divulgaria as imagens, entretanto entregues à polícia. A decisão foi tomada por comunicado: o canal não transmitirá os dois atentados de Mohammed Merah.

Dois motivos estiveram na base desta decisão, segundo a nota emitida pelo canal: a transmissão das imagens “violaria o código de ética” da Al-Jazeera e o vídeo “não acrescentaria qualquer dado informativo”, além do que é conhecido pelo público.

Nesse sentido, a estação decidiu arquivar o vídeo, já depois de ter entregue uma cópia à polícia. Os responsáveis editoriais procederam a uma avaliação de “todos os riscos e consequências” que a difusão do vídeo poderia ter na opinião pública.

Antes desta decisão, a Al-Jazeera prometera não ceder a “sensacionalismos”. No vídeo, Mohammed Merah dispara contra uma escola judaica de Toulouse e matou três crianças (de 3, 6 e 10 anos) e um professor (de 30 anos). Noutro ataque, também em março, matara três militares.

Nos dois casos, seguia de moto e disparou indiscriminadamente. Consigo transportava uma câmara de filmar que lhe permitiu criar um vídeo, segundo garantem algumas pessoas que assistiram aos crimes. Esse vídeo chegou às mãos da Al-Jazeera.

Nicolas Sarkozy, Presidente francês, solicitara à cadeia televisiva para que não tornasse público o registo, pedido a que a Al-Jazeera acedeu, numa altura em que prosseguem as investigações de um alegado homem que terá ajudado Merah a levar a cabo os atentados em Toulouse.

Há suspeitas de que, além do irmão de Mohammed Merah, um terceiro elemento tenha ajudado nos crimes. A France Presse cita fonte do inquérito policial que adianta que se suspeita de que um homem possa ter comprado diverso material que o terrorista usou na prática do atentado, bem como noutros atos ilícitos anteriores.

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