Desporto

“AG para nos matarmos todos uns aos outros seria catastrófica”, diz Torres Pereira

Artur Torres Pereira, ex-vice do Sporting, exige que o conselho diretivo dos leões tome medidas quanto a Bruno de Carvalho. “Se é verdade que o presidente está muito doente, isso obriga a uma decisão”.

Em entrevista à Renascença, o ex-dirigente lembra que abandonou a equipa de Bruno de Carvalho quando este passou “a linha vermelha”, impondo novos estatutos, em 2017.

“Veio demonstrando, desde então, num avolumar de factos e comportamentos, de intolerância e linguagem, que ultimamente tem envergonhado os sportinguistas e tido o efeito que tem na equipa de futebol”, acrescentou.

O culminar é a atual crise no Sporting, com “uma equipa de futebol animadamente destroçada, um treinador sobre brasas, os adeptos angustiados, uma emissão obrigacionista posta em causa, cotação das ações congelada, etc”.

“Ninguém quer linchar Bruno de Carvalho”, garantiu o antigo vice-presidente.

“O que houve foi um sobressalto cívico dos adeptos e associados, indignados com a falta de respeito do presidente para com os jogadores e treinador, preocupados com as consequências das atitudes e comportamentos menos próprios do presidente e com o impacto dessas atitudes na vida económica, social, desportiva e financeira do clube”.

Perante a “falta de noção da responsabilidade” de Bruno de Carvalho no exercício das funções, torna-se urgente encontrar “uma solução que o faça sair com dignidade”.

Mas não pode ser uma assembleia geral (AG), tem de ser uma decisão do conselho diretivo, insistiu.

“Não é a AG que tem uma varinha mágica. Se é verdade que o presidente está muito doente, isto obriga a uma decisão. Numa empresa, um presidente do Conselho de Administração que esteja em burnout, há decisões que decorrem deste diagnóstico”.

“Se é o insuspeito doutor Eduardo Barroso que faz o diagnóstico, então a terapêutica tem que ser apropriada. Mas é o conselho diretivo que tem que tomar as decisões”, continuou.

“Depois de tudo o que se passou, única e exclusivamente responsabilidade do presidente, não vamos acrescentar mais lenha à fogueira e agora andarmos a tratar de uma AG para nos matarmos todos uns aos outros. Isso seria catastrófico”, concluiu Torres Pereira.

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