Mundo

Adolescente morre a travar homem-bomba no Paquistão, poupando centenas de vidas

atentado paquistao 62atentado paquistao 600Chama-se Aitzaz Hassan, tinha 15 anos e morreu a travar um homem-bomba. Este adolescente paquistanês perdeu a vida e ganhou o título de herói, ao poupar centenas de pessoas, no distrito de Hangu, impedindo que o bombista suicida entrasse numa escola local. O pai, Mujahid Ali Bangash, de 55 anos, manifesta um “tremendo orgulho” no seu filho mártir. “Quando me dão os pêsames, digo para me felicitarem, por me tornar o pai de um mártir”, diz, à AFP.

Chegou ao fim a luta pela vida do jovem paquistanês que travou um homem-bomba, à entrada de uma escola de Hangu, no Paquistão. Aitzaz Hassan, de 15 anos, colocou a sua bravura ao serviço da comunidade, perdendo a vida, mas salvando centenas de pessoas que eram o alvo deste bombista, num atentado que ocorreu na segunda-feira.

A história comoveu o mundo e deixou o pai de Aitzaz com sentimentos antagónicos. Mujahid Bangash manifesta à agência AFP que, mais forte do que a tristeza, é o sentimento de orgulho pelo filho.

“Aitzaz deixou-nos orgulhosos por interceptar com valentia o homem-bomba e salvar as vidas de centenas de colegas. Estou feliz pelo facto de o meu filho se tornar mártir, sacrificando sua vida por uma causa nobre”, revelou o pai do adolescente paquistanês, àquela agência noticiosa.

O pai do adolescente é emigrante nos Emirados Árabes Unidos e não vai poder assistir ao funeral do seu filho. A viagem até à aldeia onde será realizado o funeral será extremamente longa, de tal forma que Bangash só chegará ao destino um dia depois da cerimónia fúnebre do filho.

“Quando me dão os pêsames, digo para me felicitarem, por me tornar o pai de um mártir. E serei ainda mais feliz se o meu segundo filho também sacrificar a sua vida pelo país”, disse ainda.

Aitzaz, recorde-se, conseguiu travar o homem-bomba a cerca de 100 metros do portão da escola onde o terrorista iria entrar para detonar um engenho explosivo. O alvo do ataque eram os alunos daquele estabelecimento de ensino.

Não se sabe ao certo quantas vidas o adolescente paquistanês salvou, mas sabe-se que aquela escola tem cerca de mil alunos, a maioria dos quais xiitas.

As redes sociais transformaram-se num local de homenagem a Aitzaz Hassan, de pessoas anónimas a membros com cargos de relevância, como por exemplo o ex-embaixador do Paquistão nos EUA, Sherry Rehman, que usou o Twitter para dizer que o adolescente “é o orgulho do Paquistão”.

Em destaque

Subir