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Acordo de Genebra: Rússia acusa Ucrânia de o desrespeitar “grosseiramente”

sergey lavrov 210sergey lavrovO acordo de Genebra, para diminuir a tensão na Ucrânia, não está a ser cumprido pelos ucranianos, de acordo com a Rússia. Serguei Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, acusou o Governo ucraniano de desprespeitar “grosseiramente” o compromisso acordado.

A Rússia acusou a Ucrânia de não respeitar o acordo que ambos os países assinaram em Genebra, na última quinta-feira, para diminuir a tensão separatista no território ucraniano.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da Rússia, o Governo interino da Ucrânia tem “infringido grosseiramente” os termos desse compromisso.

“Não só o acordo de Genebra não está a ser respeitado, como estão a ser tomadas medidas, nomeadamente por aqueles que tomaram o poder em Kiev, que o infringem grosseiramente”, acusou o ministro Serguei Lavrov, em Moscovo.

Segundo o MNE russo, os ucranianos não estão a cumprir várias medidas previstas no acordo de Genebra, como o desarmamento de todos os grupos ilegais e a evacuação de todos os edifícios públicos ocupados.

As autoridades ucranianas, continuou Lavrov, “declaram abertamente que o acordo de Genebra não se aplica a Maidan”, a praça de Kiev onde tiveram início os protestos e concentrações que levaram à queda do Presidente, Viktor Yanukovich, e à formação (por braço no ar) de um Governo interino que os russos consideram ilegítimo.

“É inaceitável” para a Rússia que ainda haja acampamentos e barricadas em Maidan, no centro da capital ucraniana.

Quem ingere mais?

As críticas da Rússia servem ainda como resposta aos EUA, que acusaram os russos de não quererem cumprir o acordo de Genebra.

Os norte-americanos tentam pressionar os russos com a ameaça de isolamento político internacional, caso Putin continue a (alegam os EUA) promover o separatismo em várias cidades da Ucrânia, como Donetsk.

As ameaças não preocupam o MNE russo: “as tentativas de isolar a Rússia são em vão porque é impossível isolar a Rússia do resto do mundo”.

“Em primeiro lugar, porque somos uma grande potência, independente e que sabe o que quer”, justificou Lavrov: “em segundo lugar, porque uma maioria esmagadora de países não quer isolar a Rússia”.

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