Chama-se Mike Anderson e no ano 2000 foi condenado a uma pena de prisão, por um assalto a um Burger King. Tinha de cumprir 13 anos. No entanto, nunca o fez, porque a justiça norte-americana se esqueceu de o deter. Anderson tornou-se carpinteiro e é pai de quatro filhos. Mas foi detido, depois de descoberto o erro judicial.

Um norte-americano assaltou uma representação da cadeia de restauração Burger King, nos Estados Unidos. Foi levado à justiça e acabou condenado a 13 anos de prisão, por assalto à mão armada. Corria o ano de 2000.

Só que Mike Anderson recorreu da sentença e saiu em liberdade, sob fiança, a aguardar uma decisão final da justiça. Decisão que nunca surgiria mais tarde: a pena foi confirmada e o condenado teria de aguardar por instruções, para saber em que estabelecimento se deveria apresentar.

No entanto, essas instruções nunca foram dadas e o homem continuou a usufruir da liberdade que perdera. Os 13 anos passaram e Mike Anderson nunca foi chamado a cumprir a pena.

Até que o erro foi detetado e o condenado recebeu uma visita da polícia, na mesma morada que constava na carta de condução. Anderson foi enviado então para a prisão.

Acontece que o advogado do ‘condenado esquecido’ entende que o seu cliente deve ser libertado, uma vez que – como se comprova pelos 13 anos que se seguiram à condenação – o norte-americano não constitui qualquer perigo para a sociedade.

E a verdade é que há alguns factos que concedem razão ao advogado de Mike Anderson. Nestes 13 anos, nunca mais praticou qualquer crime.

Tornou-se num carpinteiro, que vive do seu trabalho honesto. E até constituiu família. Casou e gerou quatro filhos.

Mas estes factos não parecem ser suficientes para o libertar da prisão. O assalto ao Burger King deu direito a condenação e a pena nunca foi cumprida. Por culpa da justiça, é certo, e Mike não tem culpa dos erros judiciais. Mas tem culpa do crime provado e vai agora pagar pelo erro que cometeu.