Desporto

“É absurdo falar-se em preparar a época quando está em causa a existência do Sporting”, diz Poiares Maduro

“O que está em causa na crise do Sporting é muito mais do que o sucesso desportivo”, avisou Miguel Poiares Maduro, prometendo ajuda jurídica à Mesa da Assembleia Geral (MAG) contra Bruno de Carvalho.

O ex-ministro, jurista e adepto leonino, usou as redes sociais para alertar que Alvalade encontra-se numa “dimensão existencial”, com uma crise que ameaça a “sobrevivência” do clube.

“Na sequência da crise, os sócios têm-se divido na apreciação da gestão de Bruno de Carvalho”, lembrou o antigo governante, que já antes tinha apontado a “responsabilidade objetiva” do presidente do Sporting “na situação atual de profunda instabilidade e permanente conflito”.

Só que, no entender de Miguel Poiares Maduro, Bruno de Carvalho está agora determinar a “subverter o princípio fundamental de que o clube pertence aos sócios”, impedindo que estes se pronunciem sobre o futuro do Sporting.

“Foram ultrapassadas fronteiras jurídicas que existem para proteger o carácter democrático do clube”, alertou o jurista.

Como exemplo, Poiares Maduro referiu que “o Conselho Diretivo impediu outros órgãos sociais (…) de funcionar” e “impediu também, ainda que sem base jurídica, a implementação das decisões” que esses outros órgãos sociais haviam tomado.

“Numa frase: em poucos dias acabou com a democracia e separação de poderes no clube”.

Incapaz de ficar indiferente, o ex-ministro pronunciou-se publicamente, mais uma vez, contra a luta pelo “poder absoluto” de Bruno de Carvalho.

“Parece-me até absurdo falar de preparação de época desportiva quando o que está em causa neste momento é a própria existência democrática do clube”, insistiu.

“A minha opinião é que as decisões da Mesa da Assembleia Geral estão previstas nos Estatutos e respeitam-nos plenamente”, com a direção de Bruno de Carvalho a “subverter toda a ordem legal e democrática do clube para fazer prevalecer o seu ponto de vista”.

O jurista anunciou que, a par de outros colegas, vai colaborar com a MAG “nas ações necessárias a repor a legalidade no clube e devolver o poder aos sócios”.

“Não se responde à ilegalidade com ilegalidades, nem à intimidação com ameaças. Pelo menos, não no Sporting”, concluiu Miguel Poiares Maduro.

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