Carlos Sousa acabou por ‘morrer na praia’, ao abandonar o Rali da China que dominou quase por completo. O piloto português teve de claudicar devido a um princípio de incêndio no seu Great Wall Haval.

Sousa liderou a prova desde a terceira e etapa e dispondo de uma vantagem de quase 29 minutos para os seus mais diretos perseguidores à entrada para a última etapa, nada fazia prever o desfecho ocorrido na derradeira tirada.

Para o piloto de Almada e o seu navegador, Miguel Ramalho, foi um final inglório, de uma prova que serviu para preparar a equipa para o Dakar, que se disputa mais uma vez em Janeiro na América do Sul.

Embora a Great Wall acabasse por fazer a festa no final do Rali da China, por via do seu outro piloto, o local Zhou Yong, ficou o amargo de boca de um curto-circuito que veio na pior altura para Carlos Sousa.

“Foi um final frustrante. De um momento para o outro o carro desligou-se e, apesar de todas as nossas tentativas, não conseguimos voltar a ligá-lo. A instalação elétrica ficou destruída na sequência de um curto-circuito cuja origem desconhecemos”, conta o piloto português.

“Nem mesmo a equipa de assistência conseguiu solucionar o problema, ma vez que o cabo que alimenta os injetores ficou totalmente queimado e isso impediu o motor de voltar a funcionar”, esclareceu.

“Depois de tantos quilómetros e de tanto esforço não merecíamos este desfecho. Mas as corridas são mesmo assim e mesmo apesar da desistência a participação nesta prova revelou-se uma experiência fantástica, quer pela beleza da paisagem, quer em termos do que retiramos em termos de afinações de suspensão e da gestão eletrónica do motor”, asseverou Carlos Sousa.

O piloto de Almada diz ainda que encara o próximo Dakar com renovado otimismo e que está praticamente assente a sua continuidade na equipa Great Wall para além da edição do próximo ano da prova ‘rainha’ do todo-o-terreno mundial.