O fim das atividades da “A Vida é Bela” levou mais de 1400 consumidores a apresentarem queixa na Deco. A associação alerta os lesados para tentarem reaver o dinheiro junto da empresa, que admite reembolsar através do número de ativação.

A empresa “A Vida é Bela”, que vendia ‘vouchers’ para serem trocados por produtos ou serviços, fechou a atividade em Portugal e transferiu-se para o Brasil, deixando fornecedores a reclamarem créditos por ‘vouchers’ não reembolsados e clientes com produtos que deixaram de ser aceites na grande maioria dos estabelecimentos.

Só em novembro, a associação de defesa do consumidor Deco recebeu mais de 1400 queixas de compradores de ‘vouchers’, depois de até outubro ter recebido somente 50 reclamações. A empresa admite reembolsar os produtos não utilizados, mas o jurista da Paulo Fonseca, da Deco, explicou ao semanário Expresso que os consumidores devem ter cuidado ao preencher o formulário.

De acordo com as informações da “A Vida é Bela”, o reembolso pode ser pedido no site da empresa, com referência ao número de ativação para comprovar que os ‘vouchers’ não foram utilizados. Só que esse número “é uma espécide de raspadinha e, se o cliente for mesmo à procura do número, o ‘voucher’ passa a ser visto como utilizado”, explicou Paulo Fonseca.

A Deco aconselha os consumidores a pedirem o reembolso no site, mas mantendo uma cópia da queixa por escrito e do ‘voucher’ enviados para a empresa. Neste caso, como frisou o jurista, a responsabilidade pelo apuramento do número de ativação compete à empresa.

Os produtos da “A Vida é Bela”, encerrada a 9 de novembro e cujo dono, António Quina, emigrou para o Brasil, podem também ser trocados por meio vale da “Descontos.pt”. Esta empresa, da mesma atividade, compra os ‘vouchers’não utilizados a metade do preço do produto: um serviço da “A Vida é Bela” comprado por 49,90 euros vale um cupão de desconto de 24,95 euros nos parceiros da “Descontos.pt”.