O ministro Miguel Relvas já terá definido o modelo para a RTP, avança o Expresso. O Estado continuaria como dono, mas cedendo a gestão ao sócio que comprar os 49 por cento do capital. Os dois canais serão mantidos, o primeiro com direito a publicidade.
O Governo prometeu hoje, através de uma fonte do gabinete do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares que o Público refere sem identificar, que o dossiê da privatização da RTP será concluído até ao final do ano. Do mesmo gabinete terá saído a informação, agora para a própria RTP, de que “ainda nada está decidido”.
Contudo, o Expresso avança que Miguel Relvas já tem o modelo definido, revelando com algumas das ideias que o ministro com a tutela da comunicação social irá levar ao Conselho de Ministros. Para o mesmo jornal, o concurso para a privatização deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2013.
A principal vantagem desse alegado modelo é que o Estado continuará a ser o dono da empresa, mesmo não mandando nela. Isto porque 49 por cento do capital da RTP será privatizado, com o vencedor do concurso a ficar responsável pela gestão, apesar de sócio minoritário.
Segundo o jornal, esta proposta tem a vantagem de manter o Estado como proprietário da RTP, arrecadando a receita da venda de quase metade do capital social e assegurando a manutenção dos dois canais em sinal aberto, rejeitando a proposta do consultor António Borges para extinguir um deles.
Além de manter os dois canais (o segundo com conteúdos culturais, juvenis ou de nicho), a mesma proposta, complementa o Expresso, iria permitir que o primeiro canal, de cariz generalista, continue a ter direito a seis minutos de publicidade.