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Socialistas da Madeira defendem saída de Jardim se ocultação de dívida for confirmada

alberto_joao_jardim3Victor Freitas, presidente do PS-Madeira, defende que Alberto João Jardim deve sair, se for descoberto mais “um cêntimo de dívida oculta” na Região Autónoma. “A Madeira não pode ter à frente dos seus destinos alguém que esconde contas”, defendeu o líder socialista regional, neste domingo.

A alegada dívida oculta da Região Autónoma da Madeira serviu de mote para o líder do PS-Madeira lançar um aviso a Alberto João Jardim: “Sair, se for descoberto mais um cêntimo de dívida oculta”.

Victor Freitas comentava a investigação do DCIAP às contas da Madeira. Apesar da investigação não ter levado à constituição de qualquer arguido, o PS da Madeira considera que Alberto João Jardim não tem condições para continuar no cargo, devendo “pedir a demissão junto do Presidente da República, se surgir mais alguma dívida oculta”.

Em declarações à agência Lusa, no Funchal, à margem das jornadas do grupo parlamentar do PS local, Victor Freitas justifica a sua posição, considerando que Alberto João Jardim “não tem condições para liderar a Região Autónoma da Madeira”, se se vier a verificar que esconde a real situação financeira.

O dirigente socialista alega a Madeira está “numa situação extremamente difícil”, sendo que a demissão é o caminho que resta a Jardim, se a dívida oculta se confirmar. Aos 1,6 mil milhões de euros de dívida oculta, juntar-se-ão mais dois mil milhões, de um buraco que pode ascender a 8000 milhões.

As declarações de Victor Freitas surgem na sequência da investigação do DCIAP, no âmbito do processo ‘Cuba Livre’, que há vários meses investiga os negócios realizados pelo Governo Regional da Madeira com empresas, sobretudo do setor da construção civil, para avaliar eventuais ilícitos do executivo de Alberto João Jardim.

Diversos documentos apreendidos em buscas na antiga Secretaria do Equipamento Social foram cruzados com outras informações recolhidas nas empresas, nesta investigação que tenta apurar a dimensão do buraco da Madeira e eventuais negócios ilícitos.

No entanto, Alberto João Jardim desmente aqueles números e sustenta que a dívida da Madeira é uma falsa questão e um “ataque cirúrgico”. Jardim estranha, mas tem uma justificação. Segundo o presidente do Governo Regional, “não existe qualquer buraco” e este assunto serve para desviar a atenção dos portugueses do essencial: “Qual a razão pela qual o país entrou na bancarrota”.

Estão a repetir a conversa das eleições regionais e a insistir na mesma coisa, com o objetivo de entreter o povo. “E assim não se vai saber por que razão o país entrou na bancarrota”, afirmou Jardim, considerando que “esse assunto é que é realmente grave”. Victor Freitas não acredita em Jardim e teme que a situação na Madeira seja insustentável.

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