Economia

Proposta da Makro não garante aos trabalhadores acesso ao fundo de desemprego

makroA rescisão de contrato entre a Makro e os trabalhadores, segundo a proposta da empresa, “não garante o acesso ao fundo de desemprego”, sustenta Célia Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio. A empresa justifica esta rescisão com “manutenção da produtividade” através de menos recursos.

A Makro quer dispensar trabalhadores e, nesse sentido, avançou com um processo de rescisão amigável, que extingue os postos de trabalho. No entanto, os trabalhadores desconhecem pormenores deste acordo, o que preocupa o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio.

Os trabalhadores da Makro não têm salvaguardado o acesso ao fundo de desemprego. Segundo adianta Célia Lopes à TVI, “houve um despedimento coletivo recente”, sendo que, em virtude desse ato, parte do número de pessoas que podiam aceder ao fundo de desemprego “já está preenchida”.

Aquela responsável sindical adianta ainda que os trabalhadores da Makro oram informados de que a “proposta é de voluntários”, pelo que ninguém é obrigado a aceitá-la. “Ninguém é obrigado a aceitar, muito menos é obrigado a candidatar-se, se não for essa a sua intenção”, refere Célia Lopes.

António Pinheiro, responsável pelo departamento de Comunicação da Makro justifica esta medida com a manutenção da produção com menos recursos humanos. “Para mantermos o nível de produtividade semelhante à média internacional do grupo, podemos trabalhar com menos recursos”, afirma, ao mesmo órgão de informação.

A Makro pretende reduzir o número de trabalhadores nas 11 lojas que tem em Portugal. Nesse sentido, enviou uma carta aos trabalhadores, nesta terça-feira, a propor rescisões de contrato e de redução do horário laboral (com natural perda de rendimentos, neste segundo caso).

O processo de rescisão amigável decorrerá até março e representa uma reedição de uma medida aplicada pela Makro em 2009, quando afastou dos quadros cerca de 90 trabalhadores.

A Makro não quer encerrar as portas, mas pretende reduzir os quadros em cerca de 1500 profissionais. Justifica esta medida com uma racionalização de recursos, tendo em vista a sustentabilidade da empresa em Portugal.

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