Chama-se “salsalato” e é um fármaco utilizado para tratar a artrite reumatoide. No entanto, pode ser eficaz em doenças como Alzheimer. O medicamento foi sinalizado por Hipócrates – considerado “o pai da medicina” – no século V antes de Cristo.
Hipócrates é uma das personalidades mais importantes da história da saúde e considerado por muitos como “o pai da medicina”.
Há uma nova esperança no tratamento da doença de Alzheimer e dos seus efeitos, como a perda de memória. Uma nova esperança com um medicamento antigo, muito antigo, cujo princípio ativo foi descrito por Hipócrates, antes de Cristo.
De acordo com uma equipa de cientistas norte-americana que levou a cabo um estudo publicado pela Nature Medicine (e citado pelo The Telegraph), o medicamento pode ajudar na recuperação da perda de memória decorrente daquela doença.
O salsalato está dentro da categoria dos anti-inflamatórios, que têm como objetivo combater a dor e inflamações. Já tinha sido apontado como benéfico no combate à diabetes, sabendo-se agora que pode ser eficaz no combate a Alzheimer.
O fármaco trava a acumulação de proteínas tóxicas no cérebro, restaurando a capacidade de memória, que vai sendo diminuída com o avanço da doença.
Testado em ratos de laboratório, com resultados positivos, o medicamento (já licenciado) poderá agora ser testado em humanos. Apresenta efeitos secundários diminutos, pelo que o perigo da sua utilização tem a mesma proporção: é muito reduzido.
Ao contrário de outros fármacos testados em laboratório, que implicam testes e licenciamentos, o salsalato é amplamente conhecimento. Desde o século V antes de Cristo.
Li Gan, investigador do Instituto Gladstone, da Universidade da Califórnia, acredita que “o salsalato pode ser uma opção muito eficaz” no tratamento de Alzheimer. E os resultados obtidos foram animadores.
O facto de ser um fármaco que Hipócrates já sinalizou, com um longo historial de utilização em pessoas com diferentes patologias, o salsalato “apresenta níveis de segurança elevados”.