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União Africana pede proteção para potenciais vítimas na África do Sul

O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou hoje os ataques contra cidadãos estrangeiros na África do Sul, pedindo proteção para potenciais vítimas e suas propriedades no país.

Num comunicado divulgado na página da União Africana, o responsável “solicita novas medidas imediatas para proteger as vidas das pessoas e as suas propriedades, assegurar que todos os perpetradores são responsabilizados pelos seus atos e que a justiça seja feita para aqueles que sofreram perdas”.

No documento, Moussa Faki Mahamat diz estar “incentivado pelas detenções” já realizadas pelas autoridades sul-africanas.

O presidente da Comissão da União Africana reiterou ainda o compromisso da organização em apoiar o Governo sul-africano numa resposta às causas que sustentam “estes atos lamentáveis, de modo a promover paz e estabilidade”, de acordo com os princípios do bloco continental.

A polícia da África do Sul anunciou hoje que pelo menos cinco pessoas morreram desde domingo e 189 foram detidas no mesmo período durante os conflitos contra cidadãos estrangeiros no país.

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, condenou hoje a violência no país dirigida essencialmente a imigrantes.

“Condeno a violência que se tem espalhado por várias das nossas províncias nos mais vigorosos termos” disse Ramaphosa num vídeo partilhado na plataforma Twitter.

“Os ataques contra comerciantes estrangeiros são totalmente inaceitáveis, tal coisa não pode ser permitida na África do Sul”, acrescentou Ramaphosa.

Na mensagem, o chefe de Estado sul-africano acrescentou que se irá reunir com ministros para “acompanhar o que está a acontecer” e para encontrar maneiras de acabar com a violência.

Uma nova onda de violência e pilhagens contra estrangeiros iniciou-se na África do Sul neste fim de semana, com maior incidência em Joanesburgo e Pretória.

Também o Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, se manifestou “muito preocupado” com a vaga de violência xenófoba na África do Sul contra os imigrantes africanos, nomeadamente nigerianos, anunciando o envio de uma delegação a Pretória para transmitir as suas inquietações.

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