Em 2011, regista-se uma média de 17 novas famílias por dia, vítimas de desemprego ou da perda de apoios sociais, que recorrem à Cáritas. Desde janeiro de 2011, esta instituição já prestou apoio a 28 mil famílias, mas o aumento das dificuldades coloca a instituição à beira da rutura.
São números impressionantes: a Cáritas já ajudou 28 mil famílias, desde o início do ano, o que corresponde a uma média diária de 88 agregados sem meios para satisfazer uma necessidade básica como a alimentação.
Segundo revela o presidente da instituição, Eugénio Fonseca, há mais 516 famílias por mês a recorrer à Cáritas, o que representa uma média de mais 17 por dia, num total, em 4645 novos agregados que desde janeiro pedem ajuda.
Este aumento da procura de auxílio, associado à falência de outras instituições de caráter social, coloca a Cáritas perante um cenário de rutura, na iminência de não ter capacidade de resposta para todos os pedidos.
No passado fim de semana, o Conselho Geral da Cáritas Portuguesa reuniu em Fátima, com a presença de representantes de todas as Cáritas Diocesanas. Perante o cenário de dificuldade extrema, das famílias e das instituições de apoio, foram discutidas a situação social e económica do país, a evolução dos atendimentos sociais nas Cáritas Diocesanas e a aplicação de novas metodologias.