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Espionagem a jornalista: Passos Coelho exige “celeridade e profundidade” do processo

Após uma reunião com Júlio Pereira, secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho pediu “celeridade e profundidade” no decurso do inquérito sobre espionagem. Em causa estão as alegadas escutas telefónicas a ex-jornalista do Público.

Segundo fonte do gabinete de Passos Coelho citada pela Lusa, o primeiro-ministro fez questão de falar pessoalmente com Júlio Pereira, por considerar que a notícia divulgada este sábado pelo semanário Expresso – de que o jornalista Nuno Simas teria sido alvo de espionagem por parte do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) em 2010 – “é um assunto importante e grave”.

Segundo a mesma fonte, “o primeiro-ministro quis fazer a avaliação da situação e manifestar empenho em ver o inquérito ser levado a cabo com a maior celeridade e profundidade”. Este é mais um passo num processo iniciado pelo próprio Passos Coelho, quando no sábado ordenou a abertura de um inquérito para investigar e esclarecer o caso.

Ainda hoje de manhã, o jornal i dava como certa a demissão do secretário-geral do SIRP, Júlio Pereira. Confrontado com esta notícia, o gabinete do primeiro-ministro realçou apenas que cargos como o de secretário-geral do SIRP “estão sempre à disposição do primeiro-ministro”.

Recorde-se que este é já o segundo caso a envolver o SIED, no espaço de um mês. O primeiro, há três semanas, resultou na abertura de um inquérito criminal na Procuradoria-Geral da República, por suspeitas de “violação do segredo de Estado ou dever de sigilo”, por parte de Jorge Silva Carvalho em prol do Grupo Ongoing.

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