De janeiro a março, três leituras informais no Mosteiro de São Bento da Vitória dão voz à obra do dramaturgo alemão Rainer Werner Fassbinder, que será o próximo “dramaturgo residente” das Leituras no Mosteiro.
À terceira terça-feira de janeiro, fevereiro, e março, as leituras informais que decorrem no Centro de Documentação do Teatro Nacional São João, no Mosteiro de São Bento da Vitória, no Porto, dão voz à obra do autor alemão que escreveu 15 peças de teatro e realizou mais de 40 filmes.
A primeira sessão decorre já na próxima terça-feira, 20 de janeiro, às 21h00, e é dedicada à obra O Paraíso Não Está à Vista.
Fassbinder (1945-1982) escreveu a sua primeira peça aos nove anos de idade. Em 1967, integrou o Action-Theater em Munique, que em 1968, já sob a sua direção, se passou a chamar Antiteater.
Este “anti” é todo o programa do “seu” teatro, onde recusou muita coisa, da sociedade capitalista de consumo ao romantismo revolucionário dos anos sessenta.
Dizia que todas as histórias são histórias de crimes, e que todas as relações, pessoais ou políticas, são corrompidas pelo dinheiro e pelo poder.
A 17 de fevereiro será lida a obra Katzelmacher e, e a 17 de março As Lágrimas Amargas de Petra von Kant.
Nesta última sessão, será lançado o livro O Café (1969), com tradução de Claudia J. Fischer e ilustração de Von Calhau!, no âmbito do projeto editorial do TNSJ “Coleção Leituras no Mosteiro”.
Com coordenação de Nuno M Cardoso e Paula Braga, as Leituras no Mosteiro são de entrada gratuita.