Líder da Frente Nacional de França, Marine le Pen, considera que Portugal “será comido vivo” pela austeridade da União Europeia, que tem sacrificado países como Grécia, Espanha, Itália e França. Em declarações à Antena 1, a política francesa considerou que “é tempo de dizer ‘basta’ a esta União Europeia”.
Marine le Pen, presidente do partido emergente em França, de extrema-direita, considera que a austeridade coloca Portugal num cenário em que “será comido vivo”, caso se persista nas políticas que a União Europeia tem colocado em prática.
Em declarações à Antena 1, Le Pen defendeu que “Portugal está a ser sacrificado por esta política de austeridade” e que “é tempo de dizer ‘basta’” a uma União Europeia que coloca países em dificuldade, como são exemplo Grécia, Espanha, Itália e Portugal, mas também a França, onde a Frente Nacional tem conquistado terreno, nos mais recentes atos eleitorais.
“Portugal está a ser sacrificado por esta política de austeridade. Trata-se de um fardo com o qual teve de arcar durante anos, num horror europeu que é a União Europeia”, afirmou Marine le Pen.
A presidente da Frente Nacional francesa usa a palavra “regime” para classificar a liderança da União Europeia, numa alusão à Alemanha. “Espanha, Grécia, Portugal, Itália e também a França estão sob o mesmo regime. É tempo de sermos nós a comandar os nossos destinos e de os povos recuperarem a liberdade e a soberania, dizendo ‘basta’ a esta União Europeia”.
Marine le Pen entende que Portugal precisa de uma classe política “corajosa”, para “defender os interesses do povo, em detrimento dos interesses da banca”.
No entanto, a presidente da Frente Nacional teme que essa coragem permaneça oculta no que considera ser uma subserviência aos “mercados financeiros e aos tecnocratas que nos governam”.
“É lamentável. Mas Portugal pode ser comido vivo”, remata a francesa, que estaria bem posicionada nas sondagens para derrotar François Hollande, se as eleições em França decorressem hoje.
Marine Le Pen e Nicolas Sarkozy reúnem, segundo uma sondagem, mais votos que François Hollande, nas eleições à Presidência da República de França.