O Ministério das Finanças decidiu aumentar as taxas de juro das séries B e C dos Certificados de Aforro, que ficam a rondar os 3,2 por cento, até ao final de 2016. Por sua vez, deixa de existir a possibilidade de se subscrever os Certificados do Tesouro, os quais deixaram de ser alvo de interesse por parte dos investidores.
De acordo com o jornal Económico, a tendência de fuga aos Certificados de Aforro levou o ministério de Vítor Gaspar a subir, a partir desta segunda-feira, as taxas de juro para as séries B e C destes certificados, com o intuito de captar mais poupanças. O pagamento trimestral do mesmo varia de acordo com a Euribor a três meses, atingindo, no máximo, os 5 por cento.
As novas taxas de juro ficam acima das praticadas pela maioria dos bancos nos depósitos a prazo. Com efeito, diz o Banco de Portugal que, em média, a taxa nos novos depósitos a prazo foi de 3 por cento em junho.
Um comunicado do Ministério das Finanças enviado aos jornais anuncia que o prémio na série B é de 1,0 por cento, o que se traduz na taxa de 3,2808 por cento; e que a série C, bonificada em 2,75 por cento, apresenta agora a taxa de 3,268 por cento.
Estas condições são, todavia, excecionais, pelo que irão vigorar até 31 de dezembro de 2016. A partir de então, serão repostas as condições originais, estabelecendo-se como limite máximo de remuneração os 5 por cento.
Não obstante as boas notícias, a aposta do Governo nos Certificados de Aforro dita o fim das subscrições de Certificados do Tesouro, pelo facto de se ter verificado um paulatino desinteresse por parte dos investidores relativamente as estes.
