“Trama diabólica” resulta em 22 anos de prisão para Bruno Fernandes, guarda-redes do Flamengo considerado culpado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e sequestro. A vítima foi a ex-namorada Eliza Samudio, com quem Bruno partilhava um filho.
A Justiça brasileira condenou nesta sexta-feira o guarda-redes Bruno Fernandes a 22 anos e três meses de prisão, apontando uma culpa “intensa e altamente reprovável” do réu, que foi considerado culpado dos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e sequestro.
A vítima foi a ex-namorada Eliza Samudio, modelo de 28 anos, com quem Bruno teve divergências, alegadamente relacionadas com apoios para a guarda do filho. A ex-namorada do guarda-redes, de 25 anos, desapareceu em junho de 2010, deixando o Rio de Janeiro. Deslocou-se para Minas Gerais, onde o ex-guarda-redes tem uma quinta. E nunca mais foi vista.
Em tribunal, ficou provado o “envolvimento do réu nesta trama diabólica”, segundo salientou a juíza Marixa Fabiane Rodrigues, na leitura da sentença. A magistrada destacou que Bruno “agiu de forma dissimulada”, sendo que o seu objetivo foi levar a cabo um plano para matar Eliza Samudio.
“O réu é uma pessoa fria e violenta”, afirmou Marixa Fabiane Rodrigues, que sustenta que Bruno executou o homicídio de forma “meticulosamente calculada”. Por outro lado, destaca a juíza, Bruno acreditou, ao ocultar o cadáver, “que a impunidade seria certa”.
Assim, a condenação a 22 anos e três meses foi a sentença que o tribunal considerou adequada. Os 32 meses de prisão que o guarda-redes do Flamengo já cumpriu são já parte da sentença, sendo que Bruno será libertado dentro de 20 anos, aproximadamente.
Bruno Fernandes era titular do Flamengo e visto como o futuro titular do escrete. Quando Carlos Queiroz era selecionador nacional, tentou que Bruno representasse a seleção portuguesa, uma vez que o jogador nunca tinha vestido as cores da canarinha e era descendente de um português. Também na altura Bruno chegou a ser apontado como possível reforço do Benfica.