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“É vergonhoso aprovar lei para financiamentos ilimitados aos partidos”, condena Transparência e Integridade

A Associação Transparência e Integridade (ATI) soube com surpresa da aprovação, quase secreta, das alterações à lei de financiamento dos partidos. “É verdadeiramente uma golpada que os partidos preparam e premeditaram à porta fechada”, condenou o presidente, João Paulo Batalha.

Em entrevista à Renascença, o dirigente da ATI não poupou críticas aos cinco partidos que aprovaram um diploma para benefício próprio, de acordo com o sentimento geral.

“É um processo vergonhoso aprovar uma lei que, em termos de controlo efectivo e de capacidade de monitorizar as contas dos partidos, acrescenta zero e ainda abre alçapões para financiamentos ilimitados aos partidos”.

“É uma história má de mais para ser verdade”, insistiu João Paulo Batalha, nas declarações à RR.

O responsável da Associação Transparência e Integridade aguarda agora que este “ataque frontal à integridade do Parlamento e à qualidade da democracia” seja vetado pelo Presidente da República.

“Não só se reforça o financiamento público, porque se dá uma benesse de isenção total de IVA aos partidos, como se abre o alçapão do financiamento privado sem limites, sem controlo e sem transparência”, insistiu.

“É verdadeiramente uma golpada que os partidos preparam e premeditaram à porta fechada, para resolver os seus interesses particulares e terem forma de sacar dinheiro aos contribuintes, aprovada às pressas na esperança de que os portugueses estivessem ocupados com as festas natalícias e não reparassem”.

Ontem, Marcelo prometeu “analisar” com atenção o documento.

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