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Mulheres ganham menos 24 por cento que os homens

Um estudo feito pela Universidade do Minho conclui que as mulheres ganham menos 24 por cento do que os homens com a mesma idade e escolaridade.

A investigação foi realizada com 190 mil trabalhadores (52 por cento de homens e o restante em mulheres) de mais de 1500 empresas privadas do país.

“Grande parte desta discriminação reside no acesso à profissão e ao tipo de empresa. Os homens tendem a trabalhar para as entidades que pagam melhor”, revelam os autores Windy Noro, Luís Aguiar-Conraria e Miguel Portela.

“O aumento da disparidade em salários elevados pode estar relacionado com o facto de as mulheres terem maior dificuldade em ocupar lugares de topo nas empresas. Em Portugal, só 12 por cento chega a cargos de chefia”, diz Windy Noro.

A partir de elementos fornecidos pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, estes investigadores conseguiram perceber que “65 a 70 por cento das mulheres estão nas profissões mais mal pagas” e que “grande parte desta discriminação reside no acesso à profissão e ao tipo de empresa. Os homens tendem a trabalhar para as entidades que pagam melhor”.

“Diminuta” é a diferença salarial entre homens e mulheres quando se aufere um valor “próximo do salário mínimo nacional”. Porém, de acordo com este estudo, a diferença aumenta em empregos com ordenados a rondarem os “800 a 1000 euros”.

Escolha do curso para estudar

Estes investigadores perceberam, desde logo, também um aspeto curioso no que toca à escolha do curso para se estudar.

“Existe um problema de mentalidade na seleção do curso, quer por parte das famílias, quer por parte dos jovens. Ainda há muitos pais a pressionarem as filhas para escolherem áreas ditas femininas. É preciso mudar rapidamente esta mentalidade”, salientou Miguel Portela.

Investigadores apelam à igualdade

Os autores deste estudo fazem um apelo à igualdade.

“Queremos que a mulher se emancipe em termos profissionais, mas para isso é importante exigir também que o homem se emancipe na vida familiar”, salienta Luís Aguiar-Conraria.

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