O presidente da Câmara do Porto não olha a partidos e “aceitará o apoio de todos” na corrida autárquica de 2017. Rui Moreira “será candidato independente”, explica Nuno Santos, mas “aceitará o apoio de todos os partidos que queiram apoiá-lo”, o que “em nada condicionará o programa”.

O aviso é feito a tempo horas: se CDS, PS ou qualquer outro partido quiser apoiar Rui Moreira nas autárquicas de 2017, o presidente da Câmara do Porto aceita, mas sempre como “candidato independente”.

O tema do apoio político a Rui Moreira saltou para a ordem do dia depois da nova presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, ter assumido que o partido quer renovar o apoio que deu ao “exemplo” do Porto.

“Posso dar o exemplo da Câmara do Porto: o CDS apoiou desde a primeira hora a candidatura independente de Rui Moreira e com ele temos governado a autarquia”, revelou a nova líder centrista, ao fechar o 26.º Congresso do partido: “Se ele decidir candidatar-se, de novo proporei aos órgãos do CDS a renovação do apoio à sua candidatura”.

A Lusa pediu um comentário ao autarca portuense, que respondeu através do assessor Nuno Santos: “Rui Moreira não será candidato por nenhum dos partidos que o apoiam. Será candidato independente e aceitará o apoio de todos os partidos que queiram apoiá-lo. Isso em nada condicionará o seu programa”.

Os apoios partidários têm marcado o mandato do primeiro candidato independente a conquistar a Câmara do Porto. Em 2013, Rui Moreira concorreu contra PSD (Luís Filipe Menezes) e PS (Manuel Pizarro), com o apoio do CDS.

Na Câmara estão vereadores com pelouros que passaram pelo CDS (Manuel Sampaio Pimentel) e pelo PSD (Guilhermina Rego), para além de dois socialistas, no âmbito de um acordo pós-eleitoral.