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Comunicações entre bombeiros revelam desespero pela falta de meios

Uma troca de comunicações entre bombeiros dá conta do desespero vivido por quem está a combater o fogo… sem meios. “Precisava aqui de mais um carro, eu fiquei sem água. Isto vai arder tudo”, lamenta um operacional.

As comunicações foram registadas entre o posto de comando, no incêndio de Tondela, e os operacionais em localidades como Tarrastal, Alvarim e Coval, como o “chefe Morais” e “João”, segundo adiantou a TVI.

“Cercados” pela chamas na estrada para Alvarim, os bombeiros pedem meios. Mais água, mais carros de combate ao fogo. Mais meios, mais informação. Mais tudo…

“Informo que neste momento estamos completamente cercados, mas em segurança. Neste momento não conseguimos fazer mais nada. Não temos hipótese de fazer mais nada. Têm de vir meios para aqui. Rápido”, diz o “chefe Morais”.

“Está tudo completamente em chamas. Casas e tudo, não temos hipóteses. Isto está uma calamidade, pá. Isto está uma calamidade. Precisava aqui de mais um carro. Isto vai arder tudo”, desespera o operacional, impotente ao ver o fogo consumir a povoação do Coval.

Mas não havia mais meios para mandar. E os que já lá estavam enfrentavam dificuldades, como se ouve a certa altura: “”Ó chefe, eu fiquei sem água. Tenho de ir abastecer o carro. Não consigo trabalhar aqui na aldeia”.

Uma outra voz, que não foi possível identificar, associa-se ao desespero do “chefe Morais”. Eram precisos “mais meios, mais meios”.

“Estou farto de pedir e não vêm meios. Isto vai ser uma catástrofe. Vai arder tudo. Estamos na estrada de Alvarim e não conseguimos passar para baixo, estamos completamente cercados. Estamos completamente cercados”.

“Tens de multiplicar esses meios porque não há mais meios”, ouve-se a certa altura, com resposta imediata: “Eu sei, é isso que eu estou a fazer. Estou aqui a fazer o milagre da multiplicação com os meios existentes”.

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