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“É muito difícil aguentarmo-nos na crista da onda”, diz Marcelo

No dia em que assinala dois anos de mandato, o Presidente da República esteve reunido com alunos em Camarate, nesta quarta-feira, e destacou os avanços do País, no que diz respeito ao crescimento económico. Se a mensagem de Marcelo puder ser lida de forma política, dir-se-ia que o chefe de Estado deixou avisos à governação e à oposição.

Marcelo Rebelo de Sousa vestiu a pele de professor, num encontro com alunos em Camarate, onde respondeu a perguntas e deixou uma mensagem de confiança e ambição, nas políticas implementadas e no País.

Se por um lado o Presidente da República destacou o facto de “Portugal estar a melhorar”, assinalou também a necessidade de o país conseguir fazê-lo “mais depressa” e “nunca perder a exigência”.

“Temos de ir mais depressa. Temos de mudar mais depressa. Há sempre pessoas que acham que não chega, porque outros países vão melhorando mais”, disse.

“É muito difícil aguentarmo-nos na crista da onda”.

Marcelo Rebelo de Sousa, que apontou a “educação e a coesão nacional” como prioridades. E apelou ao consenso entre partidos, de forma velada, reforçando a necessidade do “respeito pela diferença”.

O Presidente da República falava para os alunos, mas com perfeita noção de que esta mensagem encontraria eco na esfera política. E por isso não quis deixar apenas elogios ao Governo, implicitamente responsabilizado pelos avanços no País. Os alertas e estímulos para um avanço mais notório são um recado para o executivo de António Costa.

Marcelo foi eleito há dois anos. Se se pudesse reunir o seu mandato numa palavras, “afeto” seria a escolhida. O atual chefe de Estado é a antítese do seu antecessor, Aníbal Cavaco Silva. Foi eleito no dia 24 de janeiro de 2016, mas só tomou posse a 9 de março desse mesmo ano.

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