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Confirmada desaceleração da economia britânica para no 1.º trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,1 por cento no primeiro trimestre, o ritmo mais lento desde 2012, confirmou hoje a agência nacional de estatística britânica (ONS, Office for National Statistics).

Esta segunda estimativa coincide com a primeira dada a conhecer em abril e contrasta com um crescimento de 0,5 por cento nos últimos três meses de 2017, que contribuiu para um avanço da economia britânica em 2017 de 1,8 por cento.

A ONS indicou que a economia do país desacelerou desde o primeiro trimestre de 2017, “refletindo em parte o menor crescimento dos setores relacionados com o consumo”.

O setor dos serviços expandiu-se 0,3 por cento no primeiro trimestre, enquanto o da construção se contraiu 2,7 por cento, refere a ONS.

O investimento empresarial recuou 0,2 por cento no primeiro trimestre, enquanto o consumo das famílias subiu 0,2 por cento, devido à pressão pelo persistente congelamento dos salários.

Uma forte queda do setor da construção, um setor industrial lento e a desaceleração do crescimento do setor dos serviços contribuíram para esta baixa taxa de crescimento.

A ONS afirmou que o clima rigoroso no Reino Unido em fevereiro e março, atingido pelo temporal “A besta do Leste”, teve um impacto “relativamente pequeno” na economia do país.

O Banco de Inglaterra (Bank of England, BoE) optou em 10 de maio pela manutenção das taxas de juro em 0,5 por cento, apesar de ter indicado previamente uma possível subida, devido precisamente ao escasso avanço do PIB no primeiro trimestre.

O governador do BoE, Mark Carney, advertiu na quinta-feira num discurso em Londres de que a entidade teria inclusivamente de ampliar as medidas de estímulo, em vigor desde a crise creditícia de 2008, se o período de transição de 21 meses depois do ‘Brexit’, a saída do país da União Europeia, acabar por ser “desordenado”.

O Reino Unido deve sair UE em 29 de março de 2019, que marcará o início daquele período de transição, que terminará em dezembro de 2020.

Contudo, o Governo britânico e a Comissão Europeia ainda negoceiam o acordo do ‘Brexit’ ou saída britânica da UE e ainda não chegaram a um consenso sobre pontos chave, como a futura relação comercial e aduaneira.

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