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Xanana Gusmão e Lu-Olo são os líderes timorenses mais bem avaliados – sondagem

Xanana Gusmão, presidente do CNRT, maior partido da coligação do Governo timorense, e Francisco Guterres Lu-Olo, Presidente da República, são os dois líderes de Timor-Leste mais bem avaliados, segundo uma sondagem divulgada hoje.

O estudo, realizado pelo International Republican Institute (IRI) e a que a Lusa teve acesso, mostra que o líder histórico Xanana Gusmão é o que merece a melhor avaliação, sendo considerado o principal dirigente nacional por 66 por cento dos sondados.

Os sondados foram instados – sem qualquer sugestão de nomes – a listar os dois principais líderes do país, tendo 66 por cento escolhido Xanana Gusmão como primeiro, 10 por cento escolhido Lu-Olo, 5 por cento escolhido Mari Alkatiri (líder da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente [Fretilin]) e 4 por cento escolhido o atual primeiro-ministro, Taur Matan Ruak.

Ruak, líder do Partido Libertação Popular (PLP), é no entanto o mais indicado em segundo lugar – por 29 por cento dos sondados – à frente de Lu-Olo e do Prémio Nobel José Ramos-Horta, de Mari Alkatiri (12 por cento) e de Xanana (7 por cento).

A lista só inclui, além destas figuras históricas, os nomes de António da Conceição, atual deputado do Partido Democrático e ex-ministro da Educação, e Rui Maria de Araújo, da Fretilin, que foi primeiro-ministro do VI Governo.

O mesmo estudo mostra, porém, que praticamente todos os líderes principais do país têm nota positiva, com Xanana Gusmão a ser o mais bem posicionado (por 96 por cento dos sondados), à frente de Ramos-Horta (95 por cento) e do comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Lere Anan Timur (94 por cento).

Seguem-se o Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, e o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak (ambos com 93 por cento), Rui Araújo (90 por cento), Mari Alkatiri (88 por cento), Mariano Sabino (líder do PD, com 86 por cento) e Isabel Ferreira, mulher de Taur Matan Ruak (82 por cento).

Apesar dos esforços de promoção de igualdade de género, especialmente na vida política, o estudo mostra que apesar de verem favoravelmente mulheres na política, 81 por cento dos cidadãos não conseguiram identificar uma mulher líder política.

Igualmente, apesar de 79 por cento dos sondados apoiarem a transição para uma nova geração de líderes políticos, cerca de 69 por cento dos sondados não consegue identificar um jovem líder político.

A sondagem foi realizada por equipas da Insight para o International Republican Institute (IRI) entre 23 e 30 de outubro e entre 5 e 12 de novembro, com questionários colocados a 1.500 timorenses com mais de 17 anos, nos 13 municípios do país.

A margem de erro é de aproxidamente 2,53 por cento e o grau de confiança de 95 por cento.

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