Tiago Monteiro passou ao lado daquela que seria a sua primeira vitória ao serviço da Honda. Isto porque liderou quase toda a segunda corrida do campeonato do mundo de carros de turismo (WTCC) em Macau, depois de ter sido quarto no primeiro confronto.

O piloto português da Honda, que arrancava apenas da sétima posição da grelha para a primeira corrida do dia, fez um arranque fulgurante e aproveitando uma série de desentendimentos à sua chegou ao quarto lugar, seguindo depois atrás do seu companheiro de equipa, Gabriele Tarquini.

Num traçado da Guia onde ultrapassar só é possível na zona baixa do traçado, Tiago nunca teve a oportunidade de passar Tarquini, obrigando mesmo o veterano italiano a um grande esforço que se refletiu no final da prova, já que o seu esgotamento o levou a renunciar à segunda corrida.

E seria no segundo confronto que Tiago Monteiro mostrou a sua rapidez ao assumir a liderança na largada, que manteve até bem perto do final,  tirando partido também do duelo pelo segundo posto entre Tom Chilton e Yvan Muller.

Infelizmente, e já depois da entrada do ‘safety car’ – devido a um despiste de Gianni Morbidelli – a direção do Honda Civic n.º 18 cedeu e o piloto do Porto viu o sonho de ganhar desvanecer-se.

“Este é o pior dos desfechos para qualquer piloto. Já tive momentos complicados em inúmeras provas na minha carreira, mas este é especialmente difícil. Difícil de aceitar e de entender”, desabafa Tiago Monteiro.

“Por mais que tenha a consciência de que fiz uma corrida exemplar, ver a vitória escapar na última volta por um problema mecânico é muito frustrante. Seria uma vitória muito especial, pelo facto de termos tido um ano exigente e muitas vezes difícil, por estarmos a correr em Macau, por ser o último ano nesta posta e por todos na equipa merecerem esta vitória”, prossegue o piloto português da Honda.

“Estou triste por mim, pela equipa e por todos aqueles que me apoiam. Mas, como diz o ditado, aquilo que não nos mata torna-nos mais fortes. Há que seguir em frente”, conclui Tiago Monteiro, que devido a este azar perder o quarto lugar no campeonato para Norbert Michelisz.

O húngaro foi apenas quarto nesta última corrida do ano, depois de ter segundo na anteror, ganha e dominada por completo por José Maria Lopez, na primeira vez que o argentino, agora campeão do mundo, competiu em Macau.

O azar de Tiago Monteiro na segunda corrida abriu caminho para o triunfo de Tom Chilton, que na despedida do Lada Granta – que vai ser substituído por um novo modelo – fez mais uma grande prova, sustendo os ataques de Yvan Muller.

Classificação

Corrida 1

1.º José Maria Lopez (Citroën) 23m50,183s

2.º Norbert Michelisz (Honda) + 2,741s

3.º Gabriele Tarquini (Honda) + 3,661s

4.º Tiago Monteiro (Honda) + 4,055s

5.º Yvan Muller (Citroën) +4,589s

Corrida 2

1.º Robert Huff (Lada) 28m21,086s

2.º Yvan Muller (Citroën ) + 0,334s

3.º Hugo Valente (Chevrolet) + 3,352s

4.º Norbert Michelisz (Honda) + 3,990s

5.º José Maria Lopez (Citroën) + 4,285s