WikiLeaks: Julian Assange será interrogado pelo Equador na embaixada
O Equador vai interrogar Julian Assange, a pedido da Suécia, sobre a denúncia de violação. O interrogatório ao fundador do WikiLeaks, agendado para dia 14 de novembro, vai decorrer na embaixada do país sul-americano em Londres, no Reino Unido.
Um interrogatório, duas justiças e quatro países. Julian Assange vai ser interrogado pelo Equador, a pedido da Suécia, no Reino Unido (embora em solo equatoriano) e com os EUA à escuta…
O fundador do WikiLeaks, que em junho de 2012 pediu asilo na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, vai ser interrogado pela justiça equatoriana a pedido da justiça… sueca.
Em causa está a denúncia de violação que foi apresentada contra Assange em 2010 e que levou a justiça sueca a emitir um mandado de captura: que, segundo o australiano de 45 anos, é um estratagema para ser julgado pelos EUA, cuja justiça exige respostas por causa da divulgação de documentos classificados.
“O Equador aceitou o pedido sueco de assistência legal em assuntos delitivos e a visita estará dirigida por um procurador equatoriano”, revelou o Ministério Público da Suécia, em comunicado.
Em Londres, mas na embaixada do Equador, Assange vai responder a um procurador equatoriano num interrogatório em que estarão presentes a responsável pelo caso na justica sueca, a procuradora Ingrid Isgren, e um inspetor da polícia da Suécia.
O Ministério Público revelou também que vai solicitar uma amostra de DNA, que só será extraída mediante o acordo do suspeito (Assange).
O fundador do WikiLeaks, acolhido pelo Equador (em Londres) desde 2012, acredita que a Suécia terá acordado com a justiça norte-americana a extradição para os EUA, onde é procurado por ter divulgado, através do site, mais de 500 mil documentos classificados sobre o Iraque e o Afeganistão e mais de 250 mil comunicações diplomáticas.
O interrogatório foi marcado para o dia 14 de novembro.