O Governo britânico quer proibir a aplicação WhatsApp. David Cameron vai esperar pelas eleições legislativas para propor uma reforma à vigilância electrónica, fazendo aprovar os bloqueios a serviços que possam estar a ser utilizados para o terrorismo, como iMessage e FaceTime.
Os serviços e aplicações de conversação poderão estar a ser utilizados por terroristas. Sem abordar o direito à liberdade de expressão por parte da grande maioria dos utilizadores, o primeiro-ministro britânico defende o bloqueio de apps como o WhatsApp em nome da luta contra o terrorismo.
A notícia é avançada pelo Daily Mail, que engloba ainda na lista de bloqueios serviços como o iMessage e o FaceTime. Por não serem controláveis (pelos serviços de inteligência estatais), esses serviços poderão estar a ser utilizados por células terroristas para a troca de conversas criptografadas.
David Cameron pondera apresentar uma reforma das leis de espionagem eletrónica, mas, ainda segundo o jornal britânico, não o fará antes das eleições legislativas, agendadas para maio.
O principal motivo para esta calendarização é simples de explicar: o vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, será um do principais opositores à proposta de Cameron, recusando assinar “uma carta branca para os espiões”.
“Temos todo o direito de invadir a privacidade de terroristas e daqueles que querem fazer algum mal, mas isso não pode significar uma invasão à privacidade de qualquer pessoa no Reino Unido”, terá alegado Nick Clegg, citado pelo mesmo jornal.