A Porsche conseguiu a sua primeira vitória absoluta (LMP1) na derradeira prova do canpeonato do mundo de resistência (WEC), ao impor-se nas 6 Horas de São Paulo, que domingo se disputaram no autódromo de Interlagos.
Uma espécie de anti-climax, pois enquanto Marc Lieb, Neel Jani e Romain Dumas venceram a corrida com o 919 Hybrid n.º 14, Mark Webber sofreu um aparatoso acidente com o outro carro da marca alemã (o n.º 20), deixando-o completamente destruído. Como medida de percaução o australiano, ex-piloto da Red Bull na Fórmula 1, foi transportado à clínica do circuito para observação.
No entanto, e depois de se saber que Webber não corria perigo de vida, este final de temporada no WEC foi uma espécie de festa geral, tanto para a Porsche, que finalmente obteve a vitória que lhe escapava há já algumas provas, como para a Toyota, que juntou o título de marcas ao de piloto conquistado no Bahrain por Anthony Davidson e Sebastien Buemi.
Até a Audi, cujo último êxito remonta a Junho, nas 24 Horas de Le Mans, pôde celebrar a subida ao último lugar do pódio, por via do terceiro lugar de Loic Duval, Lucas di Grassi e Tom Kristensen, na última corrida deste último, ainda que o dinamarquês – nove vezes vencedor em Le Mans – vá continuar ligado à marca dos quatro anéis.
A primeira vitória da Porsche no ‘Mundial’ de resistência não foi fácil, já que Davidson e Buemi, apesar do título, nunca desistiram de tentar ganhar novamente, e nas últimas voltas Anthony Davidson atacou forte e liderança, que Neel Jani soube manter, possuindo quase 15 segundos de vantagem quando o ‘safety car’ entrou em pista devido ao acidente de Mark Webber.
Jani tinha parado pela última vez nas boxes para reabastecer e trocar pneus a 50 minutos do fim, enquanto Davidson só o fez 10 minutos mais tarde. O inglês do Toyota n.º 8 consegiu ainda reduzir os 17 segundos a diferença que o separava do suíço do Porsche n.º 14, mas não foi o suficiente para tentar uma ultrapassagem.
A terceira posição também foi alvo de grande batalha, mas no Audi n.º 1 Tom Kristensen conseguiu resistir aos ataques de Stéphane Sarrazin no Toyota n.º 7, que teve de se contentar com o quarto posto, à frente do segundo Audi, que teve uma prova recheada de problemas, nomeadamente elétricos logo no começo da prova.
Na categoria LMP2 a KCMG conseguiu a sua terceira vitória da época, com o Oreca de Nissan de Alex Imperatori, Matt Howson e Richard Bradley, apesar do título ir para Sergey Zlobin, que foi segundo no Oreca Nissan da SMP que dividiu com Nicolas Minassian e Maurizio Mediani.
A Aston Martin dominou as duas categorias de GT, com Stean Mucke e Darren Turner a imporem o Vantage n.º 97 em GTE Pro, e Pedro Lamy, Christoffer Nygaard e Paul Dalla Lana a fazer o mesmo em GTE AM com o Vantage n.º 98.
Classificação
1.º Marc Lieb/Romain Dumas/Neel Jani (Porsche) 6h1m44m608s
2.º Sebastien Buemi/Anthony Davidson (Toyota) + 0,170s
3.º Lucas di Grassi/Loic Duval/Tom Kristensen (Audi) + 1 volta
4.º Alex Wurz/Mike Conway/Stéphane Sarrazin (Toyota) + 1 volta
5.º Marcel Fassler/André Lotterer/Benoit Trélyuer (Audi) + 1 volta
6.º Mike Howson/Alex Imperatori/Richard Bradley (Oreca) + 24 voltas
7.º Darren Turner/Stefan Mucke (Aston Martin) + 28 voltas
8.º Fred Makowiecki/Patrick Pilet (Porsche) + 28 voltas
9.º Davide Rigon/James Calado (Ferrari) + 28 voltas
10.º Gianmaria Bruni/Toni Vilander (Ferrari) + 29 voltas