Economia

Wall Street fecha sem rumo na véspera do fim da reunião da Fed sobre taxas de juro

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem rumo, com os investidores hesitantes em assumirem posições antes da conclusão, na quarta-feira, de uma reunião do banco central norte-americano, a Reserva Federal (Fed).

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,26 por cento, para os 26.492,21 pontos.

Da mesma forma, o alargado S&P500 perdeu 0,13 por cento, para as 2.915,56 unidades, mas, pelo contrário, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,18 por cento, para as 8.007,47.

Ao longo da sessão, os índices oscilaram entre perdas e ganhos, dentro de um intervalo limitado.

“A única explicação é a de que os investidores estão a ajustar as suas posições” antes do fim, na quarta-feira, da reunião do comité de política monetária da Fed”, avançou Karl Haeling, responsável dos mercados no banco LBBW.

A generalidade dos observadores espera que os dirigentes da Fed decidam aumentar a taxa de juro de referência, que se deverá situar entre os 2,0 por cento e os 2,25 por cento pela primeira vez ao fim de dez anos de política monetária acomodatícia (favorável ao crescimento económico).

“Muita atenção vai ser dada ao enquadramento” da decisão daquele comité, sublinhou Isabelle Mateos Y Lago, diretora-geral do BlackRock Investment Institute.

“Muitas pessoas nos mercados começam a questionar se não nos aproximamos do momento em que a Fed vai querer fazer uma pausa [no endurecimento da sua política monetária, isto é, da subida das taxas] devido às incertezas sobre o crescimento no médio prazo”, sublinhou.

Por outro lado, acrescentou Mateos Y Lago, “vai ser importante ver se o FOMC (sigla em Inglês daquele comité da Fed) dá de maneira muito firme um sinal sobre uma nova subida das taxas em dezembro e três outras em 2019 ou se a mensagem é mais relativizada e deixa a porta aberta a uma pausa, [apontando] talvez para o início do próximo ano”.

Enquanto se espera por esta decisão, o setor da energia beneficiou hoje com a subida dos preços do petróleo, que levou o barril de Brent a cotar em Londres ao nível mais alto desde 2014.

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