Economia

Wall Street fecha sem rumo na expetativa de semana cheia de resultados

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem rumo, na expectativa da publicação dos resultados de nomes relevantes entre as empresas cotadas, mas com os bancos a beneficiarem já com a tensão em torno dos juros da dívida pública.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average desvalorizou 0,06 por cento, para os 25.044,29 pontos.

Ao contrário, os outros dois índices mais emblemáticos fecharam com ganhos.

O tecnológico Nasdaq avançou 0,28 por cento, para as 7.841,87 unidades, e o alargado S&P500 progrediu 0,18 por cento, para as 2.806,98.

“É a calma antes da tempestade da época dos resultados”, comentou David Levy, da Republic Wealth Advisors, observando que esta semana e a próxima vão ser “as duas mais carregadas” em termos de resultados do segundo trimestre.

A Alphabet, casa-mãe da Google, a General Motors, a Facebook, a Starbucks, a Chevron ou a Fiat Chrysler, entre numerosos grandes nomes da praça norte-americana vão divulgar as suas contas durante esta semana.

Estas são tanto mais esperadas quando o lucro médio por ação das empresas que já apresentaram os seus resultados tem sido superior às expectativas.

Antes destes números, os investidores puderam beneficiar de um setor bancário em grande forma, evidenciada pelas subidas do Bank of America (2,06 por cento), JPMorgan Chase (1,86 por cento) ou Citigroup (1,43 por cento), entre outros.

Estes grupos financeiros beneficiaram de uma forte tensão no mercado obrigacionista, com a taxa de juro da dívida pública dos EUA a dez anos a atingir o máximo em mais de um mês.

A subida das taxas de juro favorece os rendimentos dos grandes bancos norte-americanos.

Cerca das 21:25 de Lisboa, a taxa a dez anos subia para 2,963 por cento, face aos 2,893 por cento registados no fecho do mercado na sexta-feira, e a dos 30 anos evoluía a 3,096 por cento, acima dos 3,026 por cento do final da semana passada.

“É o reflexo de uma tensão sobre as taxas japonesas, bem como dos bons números macroeconómicos nos EUA, observados nos últimos tempos”, comentou Peter Cardillo, da Spartan Capital.

Os investidores foram contudo perturbados hoje por novos comentários controversos de Donald Trump, depois de ter criticado no passado fim de semana a política de subida das taxas de juro por parte do banco central dos EUA e aludido a manipulações cambiais por parte da União Europeia e da China.

Hoje, e em resposta a comentários do presidente iraniano, Hassan Rohani, Trump avisou o Irão para “nunca mais ameaçar os EUA”, sob pena de “consequências tais que poucos conheceram no curso da história”.

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