Economia

Wall Street fecha sem rumo em dia de declarações frias sobre negociações China-EUA

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem rumo definido, com os investidores a acusarem os comentários do dia sobre o diferendo comercial sino-norte-americano, aproveitando para fazer alguns ganhos depois de uma valorização bolsista de 20 por cento desde o Natal.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,28 por cento, para os 25.985,16 pontos.

Também em baixa fechou o alargado S&P500, com um recuo de 0,05 por cento, para as 2.792,38 unidades, enquanto ao contrário o tecnológico Nasdaq valorizou 0,07 por cento, para os 7.554,51 pontos, depois de ter evoluído em baixa durante uma boa parte da sessão.

“Há ainda muito a fazer antes de chegar a acordo” com a China, reconheceu hoje o principal negociador norte-americano, Robert Lighthizer, em declarações no Congresso.

Estas afirmações não foram consideradas pelos investidores como “muito encorajadoras”, considerou Bill Lynch, da Hinsdale Associates, dias depois de uma retórica muito mais otimista da parte do Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, no seguimento das negociações realizadas em Washington na semana passada.

Mas a descida moderada dos mercados, também observada na terça-feira, teve a sua explicação em outros desenvolvimentos, na opinião de vários analistas.

“Ela resultou a subida muito rápida e forte dos índices”, em torno dos 20 por cento, desde o Natal, especificou Lynch.

Desde 24 de dezembro, o Dow Jones avançou 19,2 por cento, o Nasdaq valorizou 22 por cento e o S&P500 progrediu 18,8 por cento.

Neste contexto de forte progressão dos índices bolsistas, “os investidores esperam o próximo motivo para a subida” das cotações, adiantou Adam Sarhan, da 50 Park Investment.

Este especialista viu, entretanto, nas declarações de Lighthizer sobre a China “uma técnica de negociação para não ser visto como fraco perante Pequim”.

Ao contrário, os investidores ficaram impassíveis perante a segunda declaração pública do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, em dois dias, perante os congressistas.

Powell revelou que a Fed iria anunciar “em breve” os detalhes do seu plano de redução dos ativos adquiridos de forma massiva depois da crise financeira de 2007-2008, muito aguardado pelos investidores.

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