Economia

Wall Street fecha em baixa ligeira recuperando de fortes quedas ao longo do dia

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa ligeira, depois de um dia em que os principais índices chegaram a cair mais de 2 por cento, sob a pressão de pesos pesados da praça, como a Caterpillar e a 3M.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,50 por cento, para os 25.191,43 pontos.

Já o tecnológico Nasdaq largou 0,42 por cento, para as 7.437,54 unidades, enquanto o alargado S&P500 abandonou 0,55 por cento, para os 2.740,69 pontos.

As duas multinacionais norte-americanas Caterpillar e 3M tiveram hoje uma muito má sessão, com quedas respetivas de 7,56 por cento e 4,38 por cento, e provocaram um recuo brutal dos índices desde a abertura da sessão, no seguimento da divulgação das suas contas trimestrais.

A Caterpillar manteve inalterada a sua previsão anual de uma carteira de encomendas “estabilizada” e um lucro trimestral avultado, ao passo que a 3M divulgou resultados trimestrais inferiores às expectativas ao reduzir as suas previsões para o ano devido à valorização do dólar.

Estes dois membros do Dow Jones provocaram que o índice emblemático de Wall Street perdesse 2,17 por cento e chegaram a estar a desvalorizar, respetivamente, 10,2 por cento e 8,4 por cento.

Mas, tal como as perdas destes dois títulos se reduziram ao longo do dia, também o Dow Jones recuperou parte das perdas, puxando pelos outros índices.

“Parece que [o movimento súbito de vendas] foi algo exagerado”, observou Mike Mattioli, gestor de investimentos para a Manulife AM.

Segundo este operador, “os fundamentos económicos não são tão maus assim para que os investidores reajam tão vivamente”, o que explicou a acalmia verificada na segunda parte da sessão.

Os valores da energia também se fizeram sentir negativamente hoje em Wall Street, com o subsetor do S&P500 que reúne estas empresas a perder 2,67 por cento.

As petrolíferas ExxonMobil e Chevron desvalorizaram respetivamente 1,61 por cento e 3,25 por cento, sofrendo as consequências de uma queda das cotações do petróleo superior a 4 por cento, num momento em que a Arábia Saudita se prontifica para aumentar a sua produção.

“O ambiente geral é de marasmo nos mercados”, considerou Karl Haeling, da LBBW, acrescentando que, neste contexto de incerteza, “observa-se uma fuga dos investidores para ativos considerados seguros, designadamente o iene, o ouro ou o mercado obrigacionista norte-americano”.

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