Economia

Wall Street fecha em baixa ligeira com Fed a prometer paciência com taxa de juro

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em pequena baixa, depois de um discurso do presidente do banco central, Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, em que reiterou a sua vontade de ser “paciente” nas decisões sobre taxas de juro.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,13 por cento, para os 26.057,98 pontos.

Inferiores foram as desvalorizações do tecnológico Nasdaq, que cedeu 0,07 por cento, para as 7.549,30 unidades, e do alargado S&P500, que recuou 0,10 por cento, para as 2.793,45.

Os índices evoluíram ao longo do dia entre altas e baixas, no seguimento da intervenção de Powell no Senado.

Durante esta intervenção, seguida de perguntas, o presidente da Fed avisou que a inflação nos EUA ia diminuir durante algum tempo, sobretudo devido aos preços da energia.

É portanto “o bom momento” para a Fed “ser paciente e esperar para ver”, antes de tomar qualquer decisão sobre as taxas, disse.

“A interpretação das afirmações de Powell foi percebida globalmente de forma positiva. Os investidores ouviram o que desejavam ouvir: a Fed vai permanecer acomodatícia e escrutinar os indicadores económicos antes de agir”, comentou Nate Thooft, da Manulife AM.

A fraca taxa de inflação constitui um argumento suplementar favorável a uma pausa nas subidas de taxas de juro.

“É agora difícil imaginar uma inflação que possa provocar uma repentina subida da taxa”, afirmou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial.

Tais comentários costumam ser seguidos por uma subida das ações. Mas hoje isso não aconteceu, porque afirmações similares já tinham sido feitas pelo dirigente da Fed e também porque foram divulgados indicadores económicos mitigados.

O ritmo de construção de casas novas diminuiu mais do que previsto em dezembro, devido em particular a uma subida dos preços dos materiais de construção. Já a confiança das famílias melhorou nitidamente em fevereiro, depois de um mínimo registado em janeiro.

“Pouco surpreendente”, relativizou Thooft, na medida em que esta confiança tinha caído nos três meses anteriores e que, entretanto, o mercado acionista recuperou, oferecendo otimismo aos norte-americanos que frequentemente investem na bolsa para financiar a sua reforma.

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