Wall Street fecha em alta graças à energia e banca e redução de temores com Itália
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, depois de uma queda importante na terça-feira, com os investidores entusiasmados com os setores da energia e finanças e a redução dos tremores com a crise italiana.
O índice Dow Jones Industrial Average ganhou 1,26 por cento, para os 24.667,78 pontos.
O Nasdaq valorizou 0,89 por cento, para as 7.462,45 unidades, e o S&P500 avançou 1,27 por cento, para as 2.724,01.
A progressão dos índices “foi sobretudo uma recuperação, uma reação à forte queda do mercado na terça-feira”, considerou Brian Battle, da Performance Trust Companies.
Os investidores tinham sido particularmente sensíveis ao afastamento importante entre as taxas de juro alemãs e italianas a 10 anos e à forte progressão do mercado obrigacionista nos EUA, movimentos estes considerados “exagerados, dos quais se recuperou uma parte” hoje, justificou.
“Os investidores compreendem que a situação política em Itália não se vai resolver de um dia para o outro e escolheram não apostar no cenário de crise (…) para se focarem nos fundamentais económicos, que permanecem robustos, perante os resultados das empresas e a informação sobre o crescimento mundial”, avançou Nathan Thooft, da Manulife Asset Management.
A forte descida das taxas de juro no mercado obrigacionista tinha afetado o setor bancário. As suas ações recuperaram hoje de forma clara, graças à subida das taxas, com a das obrigações do Tesouro norte-americano a 10 anos a evoluírem, às 21:15 de Lisboa, nos 2,837 por cento contra os 2,781 por cento na terça-feira à noite, e a dos títulos a 30 anos a passarem para os 3,010 por cento dos 2,975 por cento registos no fecha precedente.
O banco de negócios Morgan Stanley, que tinha perdido 5,75 por cento na terça-feira, recuperou hoje em parte, ao fechar com um ganho de 2,02 por cento.
A recuperação das cotações do petróleo também ajudou as petrolíferas, com a ExxonMobil a fechar com uma valorização de 3,93 por cento e a Chevron 3,11 por cento.
Os indicadores macroeconómicos do dirá revelaram-se mitigados, com o crescimento da economia norte-americana a ser revista modestamente em baixa no primeiro trimestre, ao passo que o setor privado continuou a criar numerosos empregos em maio, mas menos do que os analistas esperavam, segundo o inquérito mensal ADP.