Rebecca Brown enfrenta “uma batalha diária” contra dois transtornos mentais: tricotilomania (arrancar os próprios cabelos) e dermatotilexomania (automutilar-se na pele). Durante seis anos e meio, a jovem inglesa tirou uma selfie por dia. Compiladas em vídeo, mostram a evolução das doenças.
Rebecca Brown, hoje com 21 anos, começou a tirar selfies quando tinha ainda 14 e lhe foi diagnosticada tricotilomania, um transtorno mental semelhante a uma desordem obsessiva compulsiva e que impele a pessoa a arrancar os próprios cabelos.
Tirando um retrato por dia (houve muitas imagens que se perderam, uma vez que em 2007 e 2008 a jovem não tinha acesso à tecnologia que existe hoje), a inglesa resumiu em 2100 fotos as várias etapas por que passou, incluindo depressões, um internamento hospitalar e a entrada num curso superior de cinema.
Como se não lhe bastasse a tricotilomania, que só conseguia aliviar quando arrancava cabelos, Brown sofre também de dermatotilexomania, um transtorno mental semelhante: o doente sente uma compulsão para se automutilar na pele, com objetos ou até mesmo cravando as unhas.
No final de 2010, a jovem inglesa foi diagnosticada com depressão. Sentia-se suicida, rapou o cabelo e chegou mesmo a ser hospitalizada.
Pouco depois de recuperar, em 2011, foi ameaçada e perseguida por uma pessoa, quando se tinha mudado para São Francisco, nos EUA. Foi para Nova Iorque e começou a usar perucas.
No mesmo ano, entrou num curso superior de cinema e foi premiada pelo trabalho (o deste vídeo, na altura mais curto) sobre a tricotilomania.
Só que, em 2012, voltou a sentir-se extremamente deprimida e suicida… Após a morte do avô, deixou a universidade, tirou a carta de condução e regressou a Inglaterra, ingressando num curso de cinema em Londres.
Já em 2013, celebrou o “primeiro ano sem careca”. Voltou a sentir-se deprimida e faleceu-lhe a avó.
Rebecca Brown entrou em 2014 com o trabalho sobre a tricotilomania a ser transmitido por um canal de televisão.
“A beleza é mais do que aquilo que vemos com os olhos e as pessoas são mais do que uma condição de saúde. Eu sou mais do que o meu cabelo e a minha pele”, afirma a jovem inglesa, que mantém a “batalha diária” contra os dois transtornos mentais.