Vídeo: Petrolífera “incompetente” oculta desastre ambiental na Colômbia por um mês
Centenas de residentes estão a ser retirados de casa, na região de Santander, na Colômbia, após um derrame de crude que a petrolífera tentou encobrir.
Desde 3 de março que a refinaria Lisama 158, da petrolífera Ecopetrol, está a derramar crude.
Várias localidades na região estão a ser evacuadas e as primeiras contas estimam a morte de mais de 2400 animais.
Edgar Mora, um dos administradores da petrolífera, garantiu que não houve mais derrames desde o acidente de 3 de março, mas admitiu que a empresa chamou uma equipa norte-americana especializada na deteção da origem de derrames.
Só que as autoridades colombianas não acreditam na tese da Ecopetrol e preparam-se para responsabilizar a petrolífera, por “negligência”.
Um dos reguladores, a ANLA, já abriu vários inquéritos, por motivos como a falta de um plano de contingência e por incapacidade na resposta ao derrame de crude.
Nas contas da ANLA, foram derramados mais de 24 mil barris de crude, que agora poluem uma área superior a 24 quilómetros quadrados.
“Se encontrarmos indícios de que Ecopetrol escondeu informação que poderia ter evitado este incidente, [a empresa] terá de enfrentar graves sanções”, avisou o ministro do Ambiente colombiano, Luis Gilberto Murillo.
“Isto é muito sério e não pode acontecer outra vez”, reforçou.
O governante acusou ainda a petrolífera de “negligência” ao prestar informação falsa sobre o acidente, garantindo, a 3 de março, que tinha a situação “controlada”.
Mais de 70 famílias foram tratadas nos hospitais da região a sintomas como vómitos, tonturas e desorientação.
“Temos de reconhecer que a Ecopetrol foi incompetente e incapaz de entender que uma tragédia ambiental desta dimensão estava a acontecer”, reforçou o governador de Santander, Didier Tavera.
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