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Vídeo: Marcelo recomenda a Passos um pedido de desculpa no debate quinzenal

marcelo le 400 No comentário na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que Pedro Passos Coelho deve um pedido de desculpa aos portugueses, pelas dívidas à Segurança Social e ao fisco, entretanto saldadas. O comentador político disse que “pagar não chega” e criticou Passos pela “alusão ao caso José Sócrates”. E Marcelo afirmou ainda que Cavaco Silva também “não foi feliz”.

Marcelo Rebelo de Sousa abordou ontem, no seu comentário semanal na TVI, o caso que envolve Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro que não pagou Segurança Social durante cinco anos (a situação entretanto foi regularizada).

O antigo presidente do PSD começou por elogiar o facto de Passos Coelho ter assumido o erro, ainda que não devesse ter justificado uma “distração” para incumprir.

Marcelo também criticou Passos por não ter pago a dívida em 2012, quando teve conhecimento da mesma. Assim, “o pedido de desculpas tem lógica” e “não basta o pagamento voluntário”.

“Eu acho que ele deveria ter ido mais longe. É evidente que isto é uma querela eleitoral. Mas é mais do que isto. É um problema político. E não é por acaso que surge o caso de António Costa, relativamente a um não pagamento de uma contribuição autárquica que Costa também desmentiu”, começou por dizer Marcelo.

Para o comentador do PSD, Passos Coelho “tem de esclarecer tudo muito direitinho no debate quinzenal”, porque “as pessoas gostam de ver os políticos como um exemplo”.

“Passos Coelho esteve muito mal na alusão a José Sócrates. Afastou-se de uma estratégia do PSD, que é não misturar o caso judicial de José Sócrates com o debate político. Há presunção de inocência e acho que ele aí não esteve bem”, continuou.

Relativamente a Cavaco Silva, que também comentou o caso (o chefe de Estado considerou que já há “um cheiro pré-eleitoral) está a provar do seu próprio veneno.

“O Presidente da República, na sua intervenção, não esteve feliz, porque teve de reconhecer algo que é da sua responsabilidade. Quando ele diz que há ‘este cheiro pré-eleitoral’, a responsabilidade é do Presidente, que não quis marcar eleições mais cedo. E mal. Agora, não se pode queixar”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

No entanto, a dissolução da Assembleia da República e a demissão do Governo seria “deitar petróleo sobre uma fogueira”, ainda que Cavaco não devesse ter-se pronunciado.

“Foi prematuro e não pode responder a tudo o que lhe perguntam. Espero que ele não repita declarações que o possam enfraquecer”, acrescentou Marcelo.

Pode ver todo o comentário de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI neste vídeo, sendo que a análise à dívida de Pedro Passos Coelho às Finanças e à Segurança Social pode ser vista a partir do minuto 26.

https://www.youtube.com/watch?v=qQMx0B4Ul8U

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