No dia em que João Araújo insultou uma jornalista do Correio da Manhã, deu uma entrevista ao Jornal das 8 da TVI, onde abordou o episódio, à porta do Supremo Tribunal de Justiça. E o advogado de José Sócrates foi mais longe. “Há uma senhora do Correio da Manhã, de mau aspeto, que me aborrece singularmente. Quando digo aborrecimento é a repugnância de uma campanha de um jornal e de uma televisão”, disse, em entrevista a José Alberto Carvalho. Veja o vídeo.
João Araújo, advogado de José Sócrates, reagiu mal à presença de um grupo de jornalistas que ontem esperava por uma reação do causídico à recusa de habeas corpus, decidida pelo Supremo Tribunal de Justiça.
E insultou uma jornalista do Correio da Manhã e da CMTV, a quem sugeriu que tomasse banho e que “desamparassse a loja” (recorde esse episódio).
À noite, em entrevista a José Alberto Carvalho, abordou o episódio, justificando-o com o sentimento que nutre pelo Correio da Manhã, que, segundo diz, “se entretém em demolir sistematicamente o caráter” de José Sócrates.
“Tenho sempre uma boa relação com as pessoas desde que elas se portem bem. O José Alberto Carvalho não imagina a carga brutal que significa estar a alegar, nem que seja só durante 20 minutos, no Supremo Tribunal de Justiça. E isto inclui vários dias de preparação. Há uma sobrecarga enorme”, começou por dizer João Araújo.
O jornalista da TVI, José Alberto Carvalho, confrontou João Araújo com o facto de o advogado saber que iriam estar jornalistas à porta do Supremo.
“Vamos distinguir. Há uma senhora do Correio da Manhã, de mau aspeto, que me aborrece singularmente. Quando digo aborrecimento é a repugnância de uma campanha de um jornal e de uma televisão (…) que se entretém em demolir sistematicamente o caráter de um homem, que tem limitações de defesa, porque está preso”, reage.
João Araújo considera que aquele jornal “não hesita na mentira”. E foi mais longe.
“Para essa gente, não tenho paciência nenhuma. Relativamente aos outros senhores, varia. Eu só sou o advogado, que não tem, relativamente aos jornalistas, nenhuma obrigação de isenção. Não sou um servidor público”, sublinhou ainda o advogado de Sócrates.
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