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Vídeo inédito e com ‘bolinha vermelha’: Dois tardígrados fazem amor

Um dos animais mais bizarros do planeta foi apanhado num momento… bizarro. Os cientistas conseguiram finalmente filmar o acasalamento dos tardígrados.

Não se deixe enganar pelo tamanho destas minúsculas criaturas: afinal, são quase impossíveis de matar.

Também conhecidos por ursos-de-água, os tardígrados sobrevivem no vácuo do Espaço, em ambientes totalmente desidratados e até… congelados durante décadas!

O que os cientistas não sabiam (apenas supunham) era como se desenrolava o ritual de acasalamento, fundamental para a procriação e continuidade da espécie.

Até agora…

Uma equipa do Senckenberg Museum of Natural History, em Görlitz (Alemanha), conseguiu filmar, pela primeira vez, dois tardígrados a fazerem o amor.

Neste caso, trata-se de um macho e de uma fêmea. Sim, porque estes minúsculos animais são bissexuais.

O vídeo comprovou a teoria de que a fertilização ocorreria no exterior do corpo: as imagens mostram o macho a ejacular o sémen por debaixo da pele da fêmea.

“Este estudo traz uma nova visão sobre o comportamento de acasalamento de um tardígrado bissexual, o Isohypsibius dastychi, num processo que se revelou muito mais complexo do que o esperado”, salientaram os investigadores.

A descrição do que sucede é bastante gráfica. Feito o aviso, continuemos…

Num resumo do trabalho, publicado pelo Zoological Journal, os cientistas destacaram ainda que “o acasalamento inclui uma estimulação mútua que precede a ejaculação do sémen e a deposição dos óvulos”.

A fêmea começa por depositar os óvulos na cutícula (uma estrutura que envolve a pele), ao longo de vários minutos, enquanto o macho se aproxima e se posiciona.

O processo seguinte é o da estimulação mútua até que o macho ejacule através de uma abertura por cima do ânus na fêmea (o momento que se vê no vídeo).

As imagens validam a teoria de que a fertilização ocorre mesmo no exterior do corpo da fêmea, embora os cientistas não saibam ainda como é que o sémen chega aos óvulos.

Como se tudo isto não fosse bizarro o suficiente, o estudo mostrou ainda que as fêmeas reabsorvem os óvulos quando não conseguem acasalar.

E há mais! É a temperatura ambiente no momento da concepção que determina a velocidade a que a descendência se tornará adulta.

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