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Vídeo: Condenado o cirurgião que brincou aos deuses com os peitos de mulheres sem cancro

Durante anos, Ian Paterson operou o peito a mais de 1000 pacientes, incluindo alguns homens, para ‘tratar’ cancros da mama que não existiam. Dias após ter-se declarado culpado, o cirurgião inglês, de 73 anos, foi hoje condenado a 15 anos de prisão.

O tribunal de Nottingham, em Inglaterra, deu o arguido como culpado de 17 crimes de agressão com dolo, perpetradas sobre nove mulheres e um homem, e de três crimes de agressão.

Os juízes declararam que o médico procedeu “a longas cirurgias com risco de vida sem razão médica que o justificasse”, tendo ainda lesado o serviço de saúde britânico (NHS) – que teve de compensar as vítimas – em mais de 11,4 milhões de euros.

Para além da “ganância de ganhar mais dinheiro”, o cirurgião foi ainda levado a realizar estas operações desnecessárias “por motivos obscuros”, ainda de acordo com o tribunal.

Embora só dez pessoas tenham recorrido à justiça, o NHS indemnizou mais de 250 pessoas que passaram pelo bisturi de Ian Paterson, entre 1997 e 2011. Mas a vítima de listas será superior a mil, devido às centenas de cirurgias (desnecessárias) feitas através de um sistema privado de saúde.

Durante o julgamento, realizado ao longo de sete semanas, o arguido foi descrito como alguém que “brincou aos deuses”, tendo enganado os pacientes e diagnosticado cancros que nunca existiram.

A leitura da sentença no exterior do tribunal, feita pela procuradora de uma vítima, causou uma onda de emoções por todo o Reino Unido.

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