O jornalismo é uma profissão de risco. A Sky Sports vai deixar de fazer diretos junto aos estádios no último dia do mercado de transferências porque há cada vez mais incidentes: na ânsia de ‘aparecerem’, os adeptos agridem os repórteres com brinquedos sexuais.

É o fim de uma era. A Sky Sports anunciou hoje que não vai voltar a fazer diretos com os adeptos no último dia da janela de transferências na Premier League, conhecido como o ‘Deadline day’.

Era já uma tradição do campeonato inglês. Na ânsia de saberem quais os reforços que o clube contratou ao fechar a janela de transferências, os adeptos promovem autênticas romarias aos estádios.

As televisões, sobretudo os canais desportivos, sabem que é a melhor altura para ouvir a voz do povo. Saber o que pensam os adeptos do ‘traidor’ que deixou o clube a meio da época ou do ‘salvador’ que assinou a minutos de fechar o prazo para as transferências.

O problema é que todos querem os 15 minutos de fama previstos por Andy Warhol (que até nem tinha ligações ao futebol, era um artista plástico)…

Para ‘aparecerem na televisão’, há adeptos que recorrem a todos os meios. Uns são mais discretos e, por exemplo, vestem um fato de uma só cor de licra que cobre todo o corpo. Mas também há os que levam brinquedos sexuais e chegam a agredir os desprevenidos jornalistas que tentam terminar o direto.

Para a Sky Sports, nenhum repórter merece levar com um ‘dildo’ ou com uma boneca insuflável. Os diretos no ‘Deadline day’ passam a ser realizados no interior dos estádios, caso os clubes assegurem as devidas condições de trabalho.