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Vídeo: A revolta dos solteiros indesejados

kakuhidou Todos os anos, no Japão, há um protesto no dia dos namorados. O movimento Kakuhidou inspira-se no comunismo para se revoltar contra a discriminação cometida pelas mulheres e repudiar a “agressão ofensiva do romantismo capitalista”.

Contra o capitalismo no amor, centenas de homens japoneses saem à rua, em protesto, a 14 de fevereiro de cada ano: o dia dos namorados.

A manifestação é organizada pelo movimento Kakuhidou, um termo mais simples de pronunciar do que o Kakumei-teki Himote Doumei. Ou, em português, a Aliança Revolucionária dos Homens que não atraem as Mulheres.

Acredite: não é uma expressão humorística de descontentamento por parte dos solteiros indesejados, mas uma verdadeira filosofia política.

O Kakuhidou foi fundado por Katsuhiro Furusawa, quando, em 2006, levou uma ‘tampa’ da (ex-)namorada. Furusawa fechou-se no quarto, mas em vez de chorar procurou consolo no Manifesto Comunista.

A icónica obra de Karl Marx e Friedrich Engels levou este jovem japonês a concluir que o ‘dia dos namorados’, assim como outros feriados (como o Natal), são “um produto do capitalismo para oprimir” uma determinada classe: os solteiros, que nestas ocasiões festivas se sentem discriminados.

Surgiu assim a Aliança Revolucionária dos Homens que não atraem as Mulheres, que se revolta contra a discriminação cometida pelas mulheres tendo por vítima os homens e repudia a “agressão ofensiva do romantismo capitalista”.

Um documentário recente apela aos homens solteiros para “encontrarem solidariedade entre camaradas” e mostrarem, com a forçam dos números, “uma resoluta oposição ao ‘Dia de São Valentim’ e à exploração industrial do romantismo”, assim como a outras iniciativas promovidas pelos “opressivos capitalistas dos chocolates”.

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