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Viana do Castelo, a “cidade antitouradas”, vai acolher corrida de touros a 18 de agosto

touradax210touradaAs touradas voltam a dividir Viana do Castelo, cidade que desde 2009 se orgulha do título “antitouradas”. A Prótoiro, que quer obter um licenciamento da IGAC, está a anunciar uma corrida de touros para 18 de agosto. É uma “provocação”, acusa a autarquia da ‘princesa do Lima’.

As festas da Senhora da Agonia podem voltar a assinalar um domingo de agonia para os touros. A federação Prótoiro quer marcar uma corrida de toiros para 18 de agosto em Viana do Castelo, a cidade que desde 2009 exibe o título “antitourada”. É uma “provocação”, acusa a autarquia presidida por José Maria Costa.

Em causa está uma declaração autárquica – “cidade antitourada” – aprovada em fevereiro 2009, pela maioria PS. A Federação Portuguesa das Associações Taurinas (Prótoiro) entende que um regulamento municipal não pode sobrepôr-se à lei nacional e, para contornar a declaração, vai requerer o licenciamento junto do IGAC de um ‘espetáculo’ para dia 18 de agosto, um domingo, numa arena amovível e com a presença de cinco cavaleiros.

“O sítio está tratado e vamos apresentar um pedido de licenciamento à Câmara, apenas para a instalação da arena, porque a autarquia não tem competência para autorizar ou não o espectáculo em si. Isso é um licenciamento da Inspeção-Geral das Atividades Culturais, que também será pedido”, explicou Diogo Monteiro.

No plano legal, a Prótoiro vai instaurar uma ação contra a autarquia, alegando vícios formais e materiais na declaração aprovada em 2009. “A ação está finalmente pronta e vai dar entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga nos próximos dias”, garantiu o mesmo dirigente.

“Eu entendo este anúncio da Protóiro, de certa forma, como uma provocação a Viana do Castelo”, respondeu o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, comprometendo-se a “inviabilizar por todos os meio legais” a realização de touradas no concelho, dado ser “um espetáculo que nada tem a ver com a nossa cultura e com o nosso estado civilizacional”.

“Vamos aguardar”, acrescentou o autarca: “no devido tempo atuaremos em conformidade com aquilo que são os nossos regulamentos e as nossas condicionantes, do ponto de vista do licenciamento”.

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