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Versão preliminar provocou um pouco de “controvérsia”, mas não é problema irreparável

“Há muitas versões preliminares, uma delas provocou um pouco de controvérsia, após um ‘leak’ [fuga de informação] que lamentámos, mas não é um problema irreparável e terminámos o processo normal como em todos os países”, afirmou hoje o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Angel Gurría, na conferência de apresentação do relatório sobre Portugal, que decorre hoje, no Ministério da Economia, em Lisboa.

Foi um “‘leak’ desafortunado”, disse Gurría, insistindo, no entanto, que as versões preliminares do relatório estão previstas e fazem parte dos procedimentos normais da instituição.

“O que fazemos com Portugal é o que fazemos com todos os países do mundo”, explicou o responsável questionado pelos jornalistas sobre o tema da corrupção.

Angel Gurría também indicou aos jornalistas que foi sua a sugestão de que Álvaro Santos Pereira não estivesse presente na conferência de imprensa de hoje pois “não gostaria que esta fosse sobre Álvaro em vez de Portugal”.

Em causa estavam referências a processos como a Operação Marquês e sugestões como o aumento do orçamento antifraude e anticorrupção da Justiça, como noticiaram o Observador e o Jornal Expresso, que tiveram acesso ao rascunho inicial do documento.

No relatório hoje divulgado, a OCDE considera que é preciso “continuar a melhorar a capacidade do Ministério Público para combater a criminalidade económica e financeira em Portugal, incluindo a corrupção”.

“O Ministério Público e a Polícia Judiciária devem ser dotados de recursos adequados e continuar a ministrar formação especializada aos procuradores do Ministério Público sobre crimes económicos e financeiros, incluindo a corrupção”, indica o Economic Survey da OCDE – Portugal 2019, divulgado hoje.

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