O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, retomou ontem a atividade em Cuba, onde ainda se encontra a recuperar de uma operação ao cancro, no dia em que o Partido Socialista Unificado da Venezuela, que Chávez lidera, venceu 19 dos 23 governos e conselhos regionais do país.
Hugo Chávez teve um domingo triunfal. Longe da Venezuela, retomou a Presidência da Venezuela e assistiu a um convincente triunfo do partido que lidera, o Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV), nas eleições regionais, ganhando 19 dos 23 estados.
“Desde anteontem, o chefe começou a conversar connosco e a dar instruções sobre o que deve ser feito pelo nosso país”, declarou, no domingo, o ministro das Ciências e da Tecnologia, Jorge Arreaza. Em Cuba, onde o Presidente foi sujeito a uma intervenção cirúrgica contra um cancro (da qual ainda recupera), o mesmo ministro salientou que “a evolução do estado de saúde é positiva e melhora de dia para dia, de hora a hora”, tendo permitido a Chávez retomar o exercício presidencial durante o dia de ontem.
As declarações de Jorge Arreaza foram proferidas num domingo vitorioso para o PSUV, que aumentou o domínio regional ao vencer em 19 dos 23 estados. Nos círculos recuperados pelo partido de Chávez destaca-se o estado de Zulia, o mais povoado e o mais rico, sobretudo devido à exploração petrolífera: o triunfo foi aqui obtido com 50,99 por cento dos votos.
Henrique Capriles, o principal candidato da oposição nas recentes eleições presidenciais, conseguiu ser reeleito como governador do estado de Miranda, também por margem apertada: venceu com 50,5 por cento.
Esta vitória de Capriles ajudou a ‘acelerar’ a recuperação de Hugo Chávez: caso fique “incapacitado” para ser reempossado a 10 de janeiro, a Venezuela terá de eleger um novo Presidente. O vice-presidente Nicolás Maduro, que Chávez recomendou publicamente como sucessor no caso de ficar “incapacitado”, assumirá a Presidência interinamente e será o candidato oficial do PSUV.
