Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, dá voz à indignação dos militares das Forças Armadas, com o Governo como alvo de críticas. O capitão de Abril diz que o executivo “está vendido à finança internacional” e lamenta que ainda não estejam reunidas as condições para uma nova revolução em Portugal.
Os militares das Forças Armadas estão descontentes e a voz de Vasco Lourenço é a expressão máxima desse sentimento. O capitão de Abril considera que o Governo “está vendido à finança internacional” e espera que os portugueses “consigam correr” com o executivo.
As declarações de Vasco Lourenço são o mote para diversas ações de luta que os militares têm na agenda, a serem decididas hoje, num encontro que decorre no Pavilhão de Desportos de Almada.
Em causa, os cortes previstos para as Forças Armadas. Uma reforma deverá avançar, por decisão do ministro Aguiar-Branco, depois de aprovado o Conceito Estratégico da Defesa Nacional.
Uma proposta apresentada ao Governo aponta no sentido de mudanças profundas nas Forças Armadas. Um relatório o Instituto de Defesa Nacional sustenta a extinção de algumas estruturas.
Alguns militares contestam estas medidas, mas o ministro da Defesa vai mesmo avançar com uma reforma nas Forças Armadas, que irá permitir cortar na despesa. Na passada quarta-feira, recorde-se, o ministro apontou um corte de 218 milhões de euros na pasta da Defesa, em 2014. “Falei de um ajustamento de 218 milhões de euros em nome de um orçamento mais sustentável”, afirmou o ministro, no Parlamento, durante uma Comissão de Defesa Nacional.