Os cortes na despesa anunciados por Passos Coelho continham, segundo o primeiro-ministro, uma folga que permitia negociar algumas das medidas. Essa folga não existe, responde hoje a UTAO, alegando que os cortes previstos não contabilizam o impato que vão provocar.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), o organismo do Parlamento que acompanha as contas públicas, negou que os cortes anunciados pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, contenham uma folga orçamental. Em causa está o impacto que esses mesmos cortes vão implicar na despesa pública.
Isto significa que, ao cortar 4800 milhões de euros às despesas do Estado, o Governo não avaliou a sobrecarga que isso irá provocar na Segurança Social, quer através do aumento das despesa (com as indemnizações das rescisões na função pública), quer através da diminuição das receitas (menos contribuições), nem a diminuição de receitas através dos impostos.
